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21/11/2005
-
18h56
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O deputado Roberto Brant (PFL-MG) afirmou nesta segunda-feira, durante depoimento no Conselho de Ética da Câmara, não acreditar que os diretores da Usiminas vão assumir a contribuição de campanha dada a ele em 2004, no valor de R$ 150 mil. "Não acredito que vão assumir. Estão apavorados desde que o processo começou. Não falam mais comigo. Contrataram os melhores advogados para se defenderem", afirmou.
Ainda em seu depoimento, Brant disse que não cometeu qualquer irregularidade no recebimento dos recursos da Usiminas. "Se alguém cometeu alguma irregularidade foi a Usiminas, que passou o dinheiro para a SMPB e esta repassou para mim", reafirmou o deputado.
Ele disse que foi o próprio presidente da Usiminas que ligou em seu celular, ainda no começo de agosto, para avisar que faria uma doação para sua campanha à prefeitura de Belo Horizonte. "Eu nunca recebi apoio da Usiminas antes. Acho que me fizeram a doação desta vez porque o vice na minha chapa era auditor da empresa."
Segundo Brant, apesar do dinheiro ter entrado de forma "não declarada", ele não foi utilizado para o pagamento de gastos de sua campanha eleitoral, o que acaba com a tese de caixa dois. O dinheiro recebido, de acordo com o deputado, foi utilizado em um programa de televisão antes da campanha e o pagamento foi feito a uma empresa de Curitiba (PR), a PMP. Ele pediu recibos para a empresa e trouxe ao Conselho de Ética, pois o acordo havia sido feito verbalmente na época do serviço.
Brant disse ainda que recebeu o dinheiro da SMPB no dia 27 de setembro de 2004, quase uma semana antes das eleições, e que o deu à empresa de propaganda paranaense no dia 22 de outubro. "Este dinheiro ficou sem gastar, em espécie, no meu escritório de campanha. Ainda bem que não o usei na minha campanha."
Procurada pela reportagem da Folha Online, a Usiminas informou, por meio de sua assessoria, que não vai comentar o depoimento do parlamentar.
Para o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), não há dúvidas da origem do dinheiro que foi parar nas mãos de Roberto Brant. "O silêncio tácito da Usiminas confirma as declarações do deputado", avaliou.
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Brant diz que direção da Usiminas tem medo de assumir doação de campanha
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da Folha Online, em Brasília
O deputado Roberto Brant (PFL-MG) afirmou nesta segunda-feira, durante depoimento no Conselho de Ética da Câmara, não acreditar que os diretores da Usiminas vão assumir a contribuição de campanha dada a ele em 2004, no valor de R$ 150 mil. "Não acredito que vão assumir. Estão apavorados desde que o processo começou. Não falam mais comigo. Contrataram os melhores advogados para se defenderem", afirmou.
Ainda em seu depoimento, Brant disse que não cometeu qualquer irregularidade no recebimento dos recursos da Usiminas. "Se alguém cometeu alguma irregularidade foi a Usiminas, que passou o dinheiro para a SMPB e esta repassou para mim", reafirmou o deputado.
Ele disse que foi o próprio presidente da Usiminas que ligou em seu celular, ainda no começo de agosto, para avisar que faria uma doação para sua campanha à prefeitura de Belo Horizonte. "Eu nunca recebi apoio da Usiminas antes. Acho que me fizeram a doação desta vez porque o vice na minha chapa era auditor da empresa."
Segundo Brant, apesar do dinheiro ter entrado de forma "não declarada", ele não foi utilizado para o pagamento de gastos de sua campanha eleitoral, o que acaba com a tese de caixa dois. O dinheiro recebido, de acordo com o deputado, foi utilizado em um programa de televisão antes da campanha e o pagamento foi feito a uma empresa de Curitiba (PR), a PMP. Ele pediu recibos para a empresa e trouxe ao Conselho de Ética, pois o acordo havia sido feito verbalmente na época do serviço.
Brant disse ainda que recebeu o dinheiro da SMPB no dia 27 de setembro de 2004, quase uma semana antes das eleições, e que o deu à empresa de propaganda paranaense no dia 22 de outubro. "Este dinheiro ficou sem gastar, em espécie, no meu escritório de campanha. Ainda bem que não o usei na minha campanha."
Procurada pela reportagem da Folha Online, a Usiminas informou, por meio de sua assessoria, que não vai comentar o depoimento do parlamentar.
Para o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), não há dúvidas da origem do dinheiro que foi parar nas mãos de Roberto Brant. "O silêncio tácito da Usiminas confirma as declarações do deputado", avaliou.
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