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21/11/2005
-
19h43
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
Às vésperas do encerramento dos trabalhos da CPI da Terra, o coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, acusou a comissão de ter se tornado um palco de perseguição ao movimento pela bancada ruralista.
O caráter misto da CPI, que agrega simpatizantes do movimento social e deputados da bancada ruralista, suscitou rumores de que serão apresentados nesta terça-feira dois relatórios: o oficial, elaborado pelo deputado federal João Alfredo (PSOL-CE), e um paralelo.
Auditorias do TCU (Tribunal de Contas da União) apontam indícios de irregularidades em convênios assinados pela União com entidades ruralistas e outras ligadas ao MST.
Para Stedile, a CPI "fugiu completamente aos objetivos determinados para sua criação, que era analisar qual é a origem dos conflitos sociais que acontecem no meio rural e no meio urbano".
O líder do MST afirmou já ter tomado conhecimento do texto do relator, João Alfredo, e disse que ele enfatiza as questões mais importantes. O texto aponta a concentração fundiária e a impunidade como as principais causas para a violência no campo.
"Infelizmente, como na CPI há sete ou oito deputados da bancada ruralista que não querem de maneira alguma que a reforma agrária avance, eles transformaram a CPI apenas num palco de perseguição política ao MST", disse.
Stedile participou hoje do seminário "Resgatando a dignidade: ética, Estado e sociedade", no Rio de Janeiro. Ele não poupou críticas ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, mas evitou manifestar apoio explícito à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Segundo ele, as críticas da ministra são pontuais, mas o Brasil precisa modificar os fundamentos da política econômica. "Tem que fazer uma política que renegocie a dívida interna, use dinheiro dos juros para investimento nas áreas que geram emprego e em educação", disse.
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Bancada ruralista transformou CPI em palco de perseguição ao MST, diz Stedile
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da Folha Online, no Rio
Às vésperas do encerramento dos trabalhos da CPI da Terra, o coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, acusou a comissão de ter se tornado um palco de perseguição ao movimento pela bancada ruralista.
O caráter misto da CPI, que agrega simpatizantes do movimento social e deputados da bancada ruralista, suscitou rumores de que serão apresentados nesta terça-feira dois relatórios: o oficial, elaborado pelo deputado federal João Alfredo (PSOL-CE), e um paralelo.
Auditorias do TCU (Tribunal de Contas da União) apontam indícios de irregularidades em convênios assinados pela União com entidades ruralistas e outras ligadas ao MST.
Para Stedile, a CPI "fugiu completamente aos objetivos determinados para sua criação, que era analisar qual é a origem dos conflitos sociais que acontecem no meio rural e no meio urbano".
O líder do MST afirmou já ter tomado conhecimento do texto do relator, João Alfredo, e disse que ele enfatiza as questões mais importantes. O texto aponta a concentração fundiária e a impunidade como as principais causas para a violência no campo.
"Infelizmente, como na CPI há sete ou oito deputados da bancada ruralista que não querem de maneira alguma que a reforma agrária avance, eles transformaram a CPI apenas num palco de perseguição política ao MST", disse.
Stedile participou hoje do seminário "Resgatando a dignidade: ética, Estado e sociedade", no Rio de Janeiro. Ele não poupou críticas ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, mas evitou manifestar apoio explícito à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Segundo ele, as críticas da ministra são pontuais, mas o Brasil precisa modificar os fundamentos da política econômica. "Tem que fazer uma política que renegocie a dívida interna, use dinheiro dos juros para investimento nas áreas que geram emprego e em educação", disse.
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