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22/11/2005
-
16h14
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, afirmou nesta terça-feira, durante depoimento à CPI dos Bingos, que fez o pagamento dos R$ 29.436,26 devidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PT, em dinheiro, por orientação do então tesoureiro do partido, Delúbio Soares.
Segundo Okamotto, se os recursos fossem pagos em cheque, não poderia ser gerado um "documento contábil" para dar baixa no débito de Lula com o partido. "Eu não sei explicar porque não poderia ser com cheque. Apenas fiz o que me foi recomendado por Delúbio", afirmou.
As declarações do presidente do Sebrae não convenceram os integrantes da CPI, principalmente os senadores da oposição. Para o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), fica claro que havia interesse de Okamotto em quitar a dívida de Lula, já que meses depois ele foi alçado ao cargo que atualmente ocupa, isto é, a presidência do Sebrae.
Em resposta ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Okamotto afirmou que o Sebrae nunca teve contato com o chamado "valerioduto". Ele informou ainda que não tem amizade com Rogério Buratti, advogado e ex-dirigente petista que aponta o envolvimento do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no esquema de cobrança de propina na gestão petista da prefeitura de Ribeirão Preto.
Indagado por Virgílio, Okamotto confirmou que estava preocupado com a possibilidade de o prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, vir a ser vítima de um atentado meses antes do seqüestro e subseqüente morte do prefeito.
"Tínhamos acabado de perder o Toninho [prefeito assassinado de Campinas]. Recebemos várias ligações com ameaças e vários dirigentes foram apontados como as próximas vítimas. Os boatos de atentado ocorriam principalmente no ABC. Lógico que estranhei o fato do Celso andar sem segurança", explicou Okamotto.
Especial
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Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Okamotto diz que pagou dívida de Lula em dinheiro por orientação de Delúbio
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, afirmou nesta terça-feira, durante depoimento à CPI dos Bingos, que fez o pagamento dos R$ 29.436,26 devidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PT, em dinheiro, por orientação do então tesoureiro do partido, Delúbio Soares.
Segundo Okamotto, se os recursos fossem pagos em cheque, não poderia ser gerado um "documento contábil" para dar baixa no débito de Lula com o partido. "Eu não sei explicar porque não poderia ser com cheque. Apenas fiz o que me foi recomendado por Delúbio", afirmou.
As declarações do presidente do Sebrae não convenceram os integrantes da CPI, principalmente os senadores da oposição. Para o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), fica claro que havia interesse de Okamotto em quitar a dívida de Lula, já que meses depois ele foi alçado ao cargo que atualmente ocupa, isto é, a presidência do Sebrae.
Em resposta ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Okamotto afirmou que o Sebrae nunca teve contato com o chamado "valerioduto". Ele informou ainda que não tem amizade com Rogério Buratti, advogado e ex-dirigente petista que aponta o envolvimento do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no esquema de cobrança de propina na gestão petista da prefeitura de Ribeirão Preto.
Indagado por Virgílio, Okamotto confirmou que estava preocupado com a possibilidade de o prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, vir a ser vítima de um atentado meses antes do seqüestro e subseqüente morte do prefeito.
"Tínhamos acabado de perder o Toninho [prefeito assassinado de Campinas]. Recebemos várias ligações com ameaças e vários dirigentes foram apontados como as próximas vítimas. Os boatos de atentado ocorriam principalmente no ABC. Lógico que estranhei o fato do Celso andar sem segurança", explicou Okamotto.
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