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24/11/2005
-
13h08
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Os integrantes da CPI dos Correios mantiveram nesta quinta-feira divergências sobre o conteúdo do relatório parcial do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) e, por isso, a votação, marcada para hoje, ficou para a próxima semana.
No relatório sobre movimentações financeiras, Fruet pediu o indiciamento do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza. Os petistas reclamaram que sequer foi feita menção à destinação de recursos do valerioduto para a campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para o governo de Minas Gerais em 1998.
Fruet argumentou, ao apresentar o relatório, que não havia documentos em posse da comissão referentes a dados bancários e fiscais de 1998. Os petistas não se mostraram satisfeitos com as explicações e disseram que pretendem mostrar que o PSDB já se utilizava de Valério para campanhas políticas.
Hoje, Fruet levou aos governistas uma proposta para amenizar as disputas. Ele incluiria um capítulo sobre as investigações em curso e citaria o caso do publicitário Duda Mendonça, que recebeu recursos no exterior por campanhas políticas de 2002, as operações feitas pela corretora Bônus-Banval e a utilização de recursos de Valério na campanha de Azeredo, restringindo a citação ao então tesoureiro da campanha, Cláudio Mourão.
Também fariam parte do documento dados relacionados à campanha do PT no Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Pará. Nesses Estados, há suspeita de que houve a prática de financiamento irregular de campanha. No Pará, por exemplo, houve repasse de recursos de Valério para o diretório estadual. A utilização desse dinheiro levou, inclusive, Paulo Rocha a renunciar ao mandato de deputado.
Os integrantes da comissão analisarão a tese e decidem o que fazer na próxima semana. Na terça-feira, a CPI votará requerimentos e na quarta ouvirá depoimentos. Na quinta-feira, além de votar o relatório de Fruet, os membros da comissão votam o parecer, apresentado nesta semana pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), sobre a empresa Skymaster, que tem contratos com os Correios. No documento, o deputado pede o indiciamento de 14 pessoas, entre dirigentes da empresa e diretores dos Correios.
"A idéia é votar o relatório e acrescentar um capítulo intitulado investigações em curso e colocar todos os fatos apresentados por tesoureiros de campanha. Nós não estamos investigando o caixa dois no relatório parcial e na CPI", afirmou Fruet.
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Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Correios
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CPI adia votação e caixa dois na campanha de Azeredo pode ser incluído
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da Folha Online, em Brasília
Os integrantes da CPI dos Correios mantiveram nesta quinta-feira divergências sobre o conteúdo do relatório parcial do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) e, por isso, a votação, marcada para hoje, ficou para a próxima semana.
No relatório sobre movimentações financeiras, Fruet pediu o indiciamento do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza. Os petistas reclamaram que sequer foi feita menção à destinação de recursos do valerioduto para a campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para o governo de Minas Gerais em 1998.
Fruet argumentou, ao apresentar o relatório, que não havia documentos em posse da comissão referentes a dados bancários e fiscais de 1998. Os petistas não se mostraram satisfeitos com as explicações e disseram que pretendem mostrar que o PSDB já se utilizava de Valério para campanhas políticas.
Hoje, Fruet levou aos governistas uma proposta para amenizar as disputas. Ele incluiria um capítulo sobre as investigações em curso e citaria o caso do publicitário Duda Mendonça, que recebeu recursos no exterior por campanhas políticas de 2002, as operações feitas pela corretora Bônus-Banval e a utilização de recursos de Valério na campanha de Azeredo, restringindo a citação ao então tesoureiro da campanha, Cláudio Mourão.
Também fariam parte do documento dados relacionados à campanha do PT no Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Pará. Nesses Estados, há suspeita de que houve a prática de financiamento irregular de campanha. No Pará, por exemplo, houve repasse de recursos de Valério para o diretório estadual. A utilização desse dinheiro levou, inclusive, Paulo Rocha a renunciar ao mandato de deputado.
Os integrantes da comissão analisarão a tese e decidem o que fazer na próxima semana. Na terça-feira, a CPI votará requerimentos e na quarta ouvirá depoimentos. Na quinta-feira, além de votar o relatório de Fruet, os membros da comissão votam o parecer, apresentado nesta semana pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), sobre a empresa Skymaster, que tem contratos com os Correios. No documento, o deputado pede o indiciamento de 14 pessoas, entre dirigentes da empresa e diretores dos Correios.
"A idéia é votar o relatório e acrescentar um capítulo intitulado investigações em curso e colocar todos os fatos apresentados por tesoureiros de campanha. Nós não estamos investigando o caixa dois no relatório parcial e na CPI", afirmou Fruet.
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