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01/12/2005
-
09h47
RAFAEL CARIELLO
da Folha de S.Paulo
Durante palestra para 370 empresários ontem em São Paulo, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), foi apresentado como "o futuro presidente da República do Brasil", recebeu o voto de 90% dos presentes numa consulta instantânea sobre o candidato preferido para o cargo e se disse "entusiasmado" com a candidatura e com a possibilidade de ocupar a Presidência.
O evento --coquetel e almoço-- foi organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que reúne 318 representantes de grandes empresas com negócios no Brasil --segundo a assessoria da organização, o equivalente a 37% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Antes do início do discurso de Alckmin, os empresários responderam perguntas cujas respostas comporiam o "Índice Lide-FGV de Clima Empresarial", elaborado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
Para a questão "Quem você elegeria presidente?", 90% dos presentes disseram preferir Geraldo Alckmin, contra 6% que escolheram o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), e 2% o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Questionados sobre quem acreditam que será de fato eleito o presidente da República, a maioria (68%) voltou a apostar em Alckmin, contra 15% para Lula, 13% para Serra e 1% para Anthony Garotinho (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro.
O governador Geraldo Alckmin, embora tenha dito aos repórteres após o almoço que "candidatura só no ano que vem", afirmou "ter entusiasmo", ao falar sobre o resultado da consulta que acabara de ser feita.
"Se tiver essa oportunidade, manga arregaçada no primeiro dia, trabalhando para mudar uma série de questões", afirmou.
Ante a insistência sobre a questão, indagado se seu "entusiasmo" era especificamente com a candidatura e com a Presidência da República, respondeu: "Mas é óbvio. Imagine alguém que não tem entusiasmo, como é que vai ser candidato?".
Segundo a última pesquisa Datafolha, as intenções de voto no presidente Lula no primeiro turno variam de 30% a 33%. Serra teria 27% se as eleições fossem hoje e se ele fosse o candidato do PSDB para disputar a Presidência. Alckmin viria atrás, com 16%.
Economia
O governador usou seu discurso para criticar a política econômica do governo Lula, aproveitando o anúncio de queda de 1,2% do PIB no terceiro trimestre deste ano, e para defender um "choque de gestão" e mais eficiência na administração federal.
"Não tem solução que não passe pela reforma do Estado", afirmou ele, criticando o "peso" e o "tamanho" da administração pública, e propondo reformas tributária, política, sindical e trabalhista.
Para o governador de São Paulo, "é inadmissível termos um cenário de céu de brigadeiro, com forte crescimento da economia mundial, com os países emergentes crescendo a mais de 5% do PIB", e o Brasil ter "um PIB negativo nesse terceiro trimestre". "Não há nada que justifique isso", completou ele.
Ele também criticou, diante do empresariado, a taxa de juros, a taxa de câmbio e a carga tributária. "Fizeram uma mudança de juros do absurdo para o insuportável. E o país com duas bolas de ferro segurando a economia brasileira, que são a carga tributária e os juros", declarou.
Afirmou ainda que "não há a menor dúvida" de que a "baixa credibilidade" do governo federal prejudica a economia. Geraldo Alckmin criticou a possibilidade de gastos maiores da administração Lula neste final de ano, na tentativa de chegar à meta de superávit primário de 4,25% (a economia com gastos públicos para pagar juros da dívida até aqui chega a 5,9% do PIB). "Na correria, em vez de investir, faz desperdício", afirmou Alckmin.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Geraldo Alckmin
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Alckmin diz ter entusiasmo pela Presidência
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da Folha de S.Paulo
Durante palestra para 370 empresários ontem em São Paulo, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), foi apresentado como "o futuro presidente da República do Brasil", recebeu o voto de 90% dos presentes numa consulta instantânea sobre o candidato preferido para o cargo e se disse "entusiasmado" com a candidatura e com a possibilidade de ocupar a Presidência.
O evento --coquetel e almoço-- foi organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que reúne 318 representantes de grandes empresas com negócios no Brasil --segundo a assessoria da organização, o equivalente a 37% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Antes do início do discurso de Alckmin, os empresários responderam perguntas cujas respostas comporiam o "Índice Lide-FGV de Clima Empresarial", elaborado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
Para a questão "Quem você elegeria presidente?", 90% dos presentes disseram preferir Geraldo Alckmin, contra 6% que escolheram o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), e 2% o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Questionados sobre quem acreditam que será de fato eleito o presidente da República, a maioria (68%) voltou a apostar em Alckmin, contra 15% para Lula, 13% para Serra e 1% para Anthony Garotinho (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro.
O governador Geraldo Alckmin, embora tenha dito aos repórteres após o almoço que "candidatura só no ano que vem", afirmou "ter entusiasmo", ao falar sobre o resultado da consulta que acabara de ser feita.
"Se tiver essa oportunidade, manga arregaçada no primeiro dia, trabalhando para mudar uma série de questões", afirmou.
Ante a insistência sobre a questão, indagado se seu "entusiasmo" era especificamente com a candidatura e com a Presidência da República, respondeu: "Mas é óbvio. Imagine alguém que não tem entusiasmo, como é que vai ser candidato?".
Segundo a última pesquisa Datafolha, as intenções de voto no presidente Lula no primeiro turno variam de 30% a 33%. Serra teria 27% se as eleições fossem hoje e se ele fosse o candidato do PSDB para disputar a Presidência. Alckmin viria atrás, com 16%.
Economia
O governador usou seu discurso para criticar a política econômica do governo Lula, aproveitando o anúncio de queda de 1,2% do PIB no terceiro trimestre deste ano, e para defender um "choque de gestão" e mais eficiência na administração federal.
"Não tem solução que não passe pela reforma do Estado", afirmou ele, criticando o "peso" e o "tamanho" da administração pública, e propondo reformas tributária, política, sindical e trabalhista.
Para o governador de São Paulo, "é inadmissível termos um cenário de céu de brigadeiro, com forte crescimento da economia mundial, com os países emergentes crescendo a mais de 5% do PIB", e o Brasil ter "um PIB negativo nesse terceiro trimestre". "Não há nada que justifique isso", completou ele.
Ele também criticou, diante do empresariado, a taxa de juros, a taxa de câmbio e a carga tributária. "Fizeram uma mudança de juros do absurdo para o insuportável. E o país com duas bolas de ferro segurando a economia brasileira, que são a carga tributária e os juros", declarou.
Afirmou ainda que "não há a menor dúvida" de que a "baixa credibilidade" do governo federal prejudica a economia. Geraldo Alckmin criticou a possibilidade de gastos maiores da administração Lula neste final de ano, na tentativa de chegar à meta de superávit primário de 4,25% (a economia com gastos públicos para pagar juros da dívida até aqui chega a 5,9% do PIB). "Na correria, em vez de investir, faz desperdício", afirmou Alckmin.
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