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01/12/2005
-
12h44
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O sócio da MM Consultoria, Walter Santos Neto, afirmou nesta quinta-feira que a GTech depositou R$ 5 milhões a título de honorários advocatícios. Os recursos foram depositados em sua conta na MM Consultoria e a seguir sacados integralmente e transportados em um carro-forte pelo advogado.
Santos Neto prestou depoimento nesta quinta-feira na CPI dos Bingos.
O dinheiro, segundo ele, foi pago por nove meses de serviço. O advogado justificou o saque dos recursos e o transporte em carro-forte alegando sua compulsão por gasto. "Queria ter o dinheiro na mão pela sensação que me dava." A comissão investiga a denúncia de que estes recursos foram pagos a título de propina para que ele fosse um dos intermediadores do contrato, no valor de R$ 650 milhões, entre a Caixa e a GTech.
Santos Neto se defendeu alegando que o dinheiro foi pago a título de honorários advocatícios porque ele foi o único advogado que aceitou ingressar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) com uma ação para garantir que a GTech pudesse participar da licitação da CEF.
Indagado sobre o valor recebido, considerado alto por diretores da GTech, que já prestaram depoimento à CPI, e por integrantes da comissão, o advogado explicou que "no contrato ele se propunha a quase que uma exclusividade com a GTech". "O contrato foi feito na base de risco. Se eu não ganhasse a causa, não ganhava dinheiro nenhum e eu aceitei fazer a defesa que outros advogados se recusaram."
Santos Neto começou seu depoimento pedindo desculpas pelo seu comportamento anterior na CPI e justificou a forma como agiu afirmando ser "uma pessoa doente, com uma compulsão por gastos".
O advogado disse ainda que deve mais de R$ 3 milhões à Receita Federal, mas não soube precisar de quanto é o valor total da dívida em nome de suas empresas.
Santos Neto obteve liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) para depor na CPI. O ministro Sepúlveda Pertence deferiu a cautelar para garantir ao advogado o direito de permanecer calado para evitar qualquer tipo de auto-incriminação sem que seja preso ou ameaçado de prisão. A medida também garante ao depoente a assistência de um advogado.
A sessão de hoje é presidida pelo vice-presidente da CPI, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), porque o presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), está viajando.
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Advogado diz que recebeu R$ 5 mi da GTech
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da Folha Online, em Brasília
O sócio da MM Consultoria, Walter Santos Neto, afirmou nesta quinta-feira que a GTech depositou R$ 5 milhões a título de honorários advocatícios. Os recursos foram depositados em sua conta na MM Consultoria e a seguir sacados integralmente e transportados em um carro-forte pelo advogado.
Santos Neto prestou depoimento nesta quinta-feira na CPI dos Bingos.
O dinheiro, segundo ele, foi pago por nove meses de serviço. O advogado justificou o saque dos recursos e o transporte em carro-forte alegando sua compulsão por gasto. "Queria ter o dinheiro na mão pela sensação que me dava." A comissão investiga a denúncia de que estes recursos foram pagos a título de propina para que ele fosse um dos intermediadores do contrato, no valor de R$ 650 milhões, entre a Caixa e a GTech.
Santos Neto se defendeu alegando que o dinheiro foi pago a título de honorários advocatícios porque ele foi o único advogado que aceitou ingressar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) com uma ação para garantir que a GTech pudesse participar da licitação da CEF.
Indagado sobre o valor recebido, considerado alto por diretores da GTech, que já prestaram depoimento à CPI, e por integrantes da comissão, o advogado explicou que "no contrato ele se propunha a quase que uma exclusividade com a GTech". "O contrato foi feito na base de risco. Se eu não ganhasse a causa, não ganhava dinheiro nenhum e eu aceitei fazer a defesa que outros advogados se recusaram."
Santos Neto começou seu depoimento pedindo desculpas pelo seu comportamento anterior na CPI e justificou a forma como agiu afirmando ser "uma pessoa doente, com uma compulsão por gastos".
O advogado disse ainda que deve mais de R$ 3 milhões à Receita Federal, mas não soube precisar de quanto é o valor total da dívida em nome de suas empresas.
Santos Neto obteve liminar no STF (Supremo Tribunal Federal) para depor na CPI. O ministro Sepúlveda Pertence deferiu a cautelar para garantir ao advogado o direito de permanecer calado para evitar qualquer tipo de auto-incriminação sem que seja preso ou ameaçado de prisão. A medida também garante ao depoente a assistência de um advogado.
A sessão de hoje é presidida pelo vice-presidente da CPI, Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), porque o presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), está viajando.
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