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05/12/2005 - 09h27

Cesar Maia diz que desiste para apoiar Serra

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JOSIAS DE SOUZA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

José Serra (PSDB), prefeito de São Paulo, fechou um acordo com o PFL para concorrer à Presidência da República em 2006. A aliança foi esboçada há uma semana, em almoço de Serra com o prefeito do Rio, Cesar Maia. Candidato oficial do PFL à Presidência, Maia disse que abrirá mão de suas pretensões em favor do tucano.

Maia já comunicou sua decisão à cúpula do PFL. "A sensação do PFL é a de que o Serra é um candidato fortíssimo. Disse oficialmente ao partido: não seria candidato contra o Serra em hipótese nenhuma", disse o prefeito do Rio.

A afinidade entre os dois é antiga. Conheceram-se nos tempos de exílio no Chile, na década de 60. Serra chegou à capital Santiago em 64. Maia, em 68. "Ele me arrumou uma vaga na escola de economia assim que cheguei."

Em suas manifestações públicas, Serra vem fazendo mistério em torno de suas pretensões presidenciais. Com Maia, porém, foi muito explícito. Disse estar seguro de que o PSDB o escolherá como candidato oficial à Presidência, em detrimento dos governadores Geraldo Alckmin (SP) e Aécio Neves (MG), os outros dois tucanos que postulam o direito de disputar a sucessão de Lula.

Os três presidenciáveis tucanos estiveram com Cesar Maia nos últimos dias. O assédio a este é compreensível. O PFL condiciona o fechamento da aliança com o PSDB à retirada da candidatura do prefeito. Maia lançou-se candidato em 2004, a pedido da direção do partido, que desejava testar as chances de um nome alternativo nas sondagens eleitorais.

Estacionado nas pesquisas num patamar inferior a 5%, Maia, pragmático, abre caminho para uma aliança com o PSDB. Para ele, as chances de vitória com Serra são bem maiores do que com Alckmin. "Acho que a candidatura do Alckmin é muito frágil. Ele não participou de nenhuma campanha pesada. Não foi testado na sua capacidade de resistência."

"A próxima campanha vai ser violenta", prevê Maia. "O PT não vai deixar passar. Vai bater forte. O PSDB saiu salpicado nessas CPIs. Uma coisa é um quadro testado como o Serra, que já foi candidato a presidente, candidato a prefeito, outra coisa é o Alckmin."

"Receio que ele [Alckmin] apanhe na campanha e não resista." Aécio, avalia Maia, pode disputar a Presidência em eleições futuras.

Se o candidato do PSDB for Alckmin, Maia planeja manter-se no páreo. Acha que, num embate com o governador paulista, tem chances de chegar à frente. "Tenho tido em pesquisas em torno de 5%, o Alckmin tem 13%. De cinco para treze a diferença não é grande. Se você tirar São Paulo dele e tirar o Rio de mim, ele tem cinco pontos e eu tenho quatro. Estamos empatados fora de São Paulo e fora do Rio. Com a candidatura do Serra, o PFL caminharia para se somar. O Serra era há algum tempo personagem difícil no PFL. Hoje não é mais."

"Alckmin", diz Maia, "está em campanha há algum tempo. E não sai do patamar de 13%, 14%. Acompanhei bem a campanha da Roseana [Sarney] em 2002. Na hora em que a gente dava estímulo, havia resposta, mesmo que de dois, de três pontos. O Alckmin não tem respondido ao estímulo".

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