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05/12/2005
-
19h55
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O relatório da CPI dos Correios sobre os investimentos dos fundos de pensão aponta, além de supostas irregularidades no governo Lula, operações suspeitas de serem ilegais nos anos de 2000, 2001 e 2002, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
O sub-relator responsável pelas investigações, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), afirmou que há indícios de que os fundos de pensão foram usados para lavagem de dinheiro. "Estamos constatando que as operações são irregulares e geraram prejuízos", afirmou o deputado, que irá apresentar o relatório amanhã.
O deputado acrescentou que não apontará responsáveis neste momento e afirmou que tratará o tema de forma técnica, deixando as repercussões políticas para os demais integrantes da comissão.
No entanto, sem querer citar nomes, o deputado sugeriu que os responsáveis pela indicação dos presidentes dos fundos de pensão teriam responsabilidade na prática dessas irregularidades. "Vocês sabem quem indicou os diretores e sabem quais são os interesses envolvidos", afirmou sem citar nomes, mas em referência ao ex-ministro da Secom (Secretaria de Comunicação) e atual secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, ao falar sobre as irregularidades do governo atual.
A investigação da sub-relatoria está baseada em dados técnicos provenientes das quebras de sigilos de corretoras que operavam investimentos dos fundos de pensão e das entidades de previdência.
A CPI teve o auxílio de empresas de auditorias, da BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuro), da Bovespa, da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e dos órgãos de fiscalização do governo, como a Secretaria de Previdência Complementar.
Durante as investigações, os deputados detectaram que corretoras aplicavam recursos dos fundos que geravam prejuízos - o valor seria "expressivo", na avaliação do sub-relator. A desconfiança é de que a diferença entre a rentabilidade de aplicações semelhantes e os investimentos feitos pelas corretoras --que rendiam abaixo dos valores de mercado -- serviam a interesses de pessoas envolvidas.
Os recursos poderiam ser desviados para partidos políticos ou as operações mascaravam a real intenção dos investimentos feitos por médio das corretoras. ACM Neto afirmou que apontará a título de exemplo, nesta terça-feira, o nome de uma pessoa que se beneficiou das operações para lavar dinheiro.
Concluída essa primeira etapa da investigação, o deputado pefelista vai sugerir que diretores dos fundos de pensão e donos de corretoras envolvidas sejam convocados para prestar esclarecimentos.
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CPI aponta indícios de irregularidade em fundos de pensão na gestão FHC
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da Folha Online, em Brasília
O relatório da CPI dos Correios sobre os investimentos dos fundos de pensão aponta, além de supostas irregularidades no governo Lula, operações suspeitas de serem ilegais nos anos de 2000, 2001 e 2002, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
O sub-relator responsável pelas investigações, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), afirmou que há indícios de que os fundos de pensão foram usados para lavagem de dinheiro. "Estamos constatando que as operações são irregulares e geraram prejuízos", afirmou o deputado, que irá apresentar o relatório amanhã.
O deputado acrescentou que não apontará responsáveis neste momento e afirmou que tratará o tema de forma técnica, deixando as repercussões políticas para os demais integrantes da comissão.
No entanto, sem querer citar nomes, o deputado sugeriu que os responsáveis pela indicação dos presidentes dos fundos de pensão teriam responsabilidade na prática dessas irregularidades. "Vocês sabem quem indicou os diretores e sabem quais são os interesses envolvidos", afirmou sem citar nomes, mas em referência ao ex-ministro da Secom (Secretaria de Comunicação) e atual secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, ao falar sobre as irregularidades do governo atual.
A investigação da sub-relatoria está baseada em dados técnicos provenientes das quebras de sigilos de corretoras que operavam investimentos dos fundos de pensão e das entidades de previdência.
A CPI teve o auxílio de empresas de auditorias, da BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuro), da Bovespa, da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e dos órgãos de fiscalização do governo, como a Secretaria de Previdência Complementar.
Durante as investigações, os deputados detectaram que corretoras aplicavam recursos dos fundos que geravam prejuízos - o valor seria "expressivo", na avaliação do sub-relator. A desconfiança é de que a diferença entre a rentabilidade de aplicações semelhantes e os investimentos feitos pelas corretoras --que rendiam abaixo dos valores de mercado -- serviam a interesses de pessoas envolvidas.
Os recursos poderiam ser desviados para partidos políticos ou as operações mascaravam a real intenção dos investimentos feitos por médio das corretoras. ACM Neto afirmou que apontará a título de exemplo, nesta terça-feira, o nome de uma pessoa que se beneficiou das operações para lavar dinheiro.
Concluída essa primeira etapa da investigação, o deputado pefelista vai sugerir que diretores dos fundos de pensão e donos de corretoras envolvidas sejam convocados para prestar esclarecimentos.
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