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06/12/2005 - 08h28

Relatório da CPI aponta irregularidades em fundos de pensão

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da Folha Online

A CPI dos Correios deverá apresentar nesta terça-feira, às 11h, o resultado da auditoria realizada nos documentos dos fundos de pensão. Segundo o sub-relator responsável pelas investigações, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), existem indícios de que os fundos de pensão foram usados para lavagem de dinheiro e que foram feitas operações irregulares que geraram prejuízos.

Além de supostas irregularidades no governo Lula, o levantamento também irá apontar operações suspeitas de serem ilegais nos anos de 2000, 2001 e 2002, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

O deputado acrescentou que não apontará responsáveis neste momento e afirmou que tratará o tema de forma técnica, deixando as repercussões políticas para os demais integrantes da comissão.

A investigação da sub-relatoria está baseada em dados técnicos provenientes das quebras de sigilos de corretoras que operavam investimentos dos fundos de pensão e das entidades de previdência.

A CPI teve o auxílio de empresas de auditorias, da BMF (Bolsa de Mercadorias e Futuro), da Bovespa, da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e dos órgãos de fiscalização do governo, como a Secretaria de Previdência Complementar.

Durante as investigações, os deputados detectaram que corretoras aplicavam recursos dos fundos que geravam prejuízos --o valor seria "expressivo", na avaliação do sub-relator. A desconfiança é de que a diferença entre a rentabilidade de aplicações semelhantes e os investimentos feitos pelas corretoras --que rendiam abaixo dos valores de mercado-- serviam a interesses de pessoas envolvidas.

Os recursos poderiam ser desviados para partidos políticos ou as operações mascaravam a real intenção dos investimentos feitos por intermédio das corretoras. ACM Neto afirmou que apontará a título de exemplo, hoje, o nome de uma pessoa que se beneficiou das operações para lavar dinheiro.

Concluída essa primeira etapa da investigação, o deputado pefelista vai sugerir que diretores dos fundos de pensão e donos de corretoras envolvidas sejam convocados para prestar esclarecimentos.

Agenda

Amanhã, a comissão ouve novamente o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Desta vez, os parlamentares irão inquirir Pizzolato sobre as antecipações de pagamentos, pelo Banco do Brasil, às agências de publicidade por meio da empresa Visanet.

Além disso, a CPI investiga o fato de Pizzolato ter concentrado, em 2003, os recursos de publicidade na DNA, do empresário Marcos Valério de Souza.

Na quinta-feira, a comissão toma o depoimento do ex-superintendente do Banco Rural Carlos Godinho. Em entrevista à revista "Época", ele afirmou que os empréstimos concedidos pelo banco ao empresário Marcos Valério e ao PT "foram feitos para não serem pagos".

Godinho deveria ter sido ouvido no último dia 30, mas não compareceu, alegando que a convocação não teria sido feita pelos trâmites formais.

O relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou que dessa vez a Polícia Federal poderá ser acionada para garantir a presença do ex-superintendente.

Com FELIPE RECONDO, da Folha Online, e Agência Brasil

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