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06/12/2005
-
15h12
da Folha Online
A jornalista e secretária especial da Pessoa com Mobilidade Reduzida na gestão do prefeito José Serra em São Paulo, Mara Gabrilli, afirmou nesta terça-feira, em depoimento à CPI dos Bingos, que detalhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março de 2003, o esquema de corrupção na cidade de Santo André (SP).
Ela disse que foi a Lula "pedir para que o presidente promovesse uma intervenção federal na prefeitura de Santo André". Segundo a jornalista, o presidente estava acompanhado de dona Marisa e três assessores e ela com sua assistente.
"Comecei contando a situação de saúde de meu pai, o pagamento de caixinha todo dia 30, e o presidente fazia perguntas dando a entender que não sabia de nada", afirmou. Segundo ela disse, Lula pediu para um assessor anotar alguns pontos disse que "iria tomar providências a respeito". Mara afirmou que "nada foi feito".
A secretária de São Paulo disse ter mostrado, na casa do presidente, que as irregularidades na prefeitura e as represálias à empresa de transporte do pai continuavam mesmo depois da morte do prefeito Celso Daniel e "só o sistema de caixinha mensal para arrecadação de dinheiro havia cessado".
Segundo ela, "a empresa estava sofrendo retaliações por parte da prefeitura, que privilegiava outras empresas em detrimento da de meu pai".
"A pressão que meu pai começou a sofrer o deixou doente e, por conta de três pessoas, uma dentro da prefeitura de Santo André, o [então] secretário de Serviços Municipais Klinger de Oliveira, o empresário Ronan Pinto e Sérgio Sombra, ele se transformou em outra pessoa, tensa e abalada, com o nível de corrupção montado."
Mara também afirmou que a conversa foi acompanhada por um dos assessores do presidente, "um homem alto e de barba", que teria dito a ela, "de maneira impositiva", para não falar com a imprensa sobre o teor da conversa com o presidente e mencionasse apenas que teriam falado sobre "reabilitação de portadores de deficiência física".
A história já havia sido contada à CPI pela irmã de Mara, a empresária Rosângela Gabrilli, no dia 23 de novembro. Rosângela é uma das proprietárias da Expresso Guarará, empresa de transporte coletivo com sede em Santo André.
Com Agência Brasil
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A jornalista e secretária especial da Pessoa com Mobilidade Reduzida na gestão do prefeito José Serra em São Paulo, Mara Gabrilli, afirmou nesta terça-feira, em depoimento à CPI dos Bingos, que detalhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março de 2003, o esquema de corrupção na cidade de Santo André (SP).
Ela disse que foi a Lula "pedir para que o presidente promovesse uma intervenção federal na prefeitura de Santo André". Segundo a jornalista, o presidente estava acompanhado de dona Marisa e três assessores e ela com sua assistente.
"Comecei contando a situação de saúde de meu pai, o pagamento de caixinha todo dia 30, e o presidente fazia perguntas dando a entender que não sabia de nada", afirmou. Segundo ela disse, Lula pediu para um assessor anotar alguns pontos disse que "iria tomar providências a respeito". Mara afirmou que "nada foi feito".
A secretária de São Paulo disse ter mostrado, na casa do presidente, que as irregularidades na prefeitura e as represálias à empresa de transporte do pai continuavam mesmo depois da morte do prefeito Celso Daniel e "só o sistema de caixinha mensal para arrecadação de dinheiro havia cessado".
Segundo ela, "a empresa estava sofrendo retaliações por parte da prefeitura, que privilegiava outras empresas em detrimento da de meu pai".
"A pressão que meu pai começou a sofrer o deixou doente e, por conta de três pessoas, uma dentro da prefeitura de Santo André, o [então] secretário de Serviços Municipais Klinger de Oliveira, o empresário Ronan Pinto e Sérgio Sombra, ele se transformou em outra pessoa, tensa e abalada, com o nível de corrupção montado."
Mara também afirmou que a conversa foi acompanhada por um dos assessores do presidente, "um homem alto e de barba", que teria dito a ela, "de maneira impositiva", para não falar com a imprensa sobre o teor da conversa com o presidente e mencionasse apenas que teriam falado sobre "reabilitação de portadores de deficiência física".
A história já havia sido contada à CPI pela irmã de Mara, a empresária Rosângela Gabrilli, no dia 23 de novembro. Rosângela é uma das proprietárias da Expresso Guarará, empresa de transporte coletivo com sede em Santo André.
Com Agência Brasil
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