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07/12/2005 - 08h36

Lula defende manutenção da política econômica

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira, durante entrevista a três redes nacionais de rádio --CBN, Jovem Pan e Bandeirantes--, a política econômica do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a política de juros praticada pelo Banco Central.

O presidente novamente comparou o comando da economia com o comando de uma equipe de futebol. Segundo Lula, não é producente para o país mudar o comando da economia, como não vale a pena para os times ficar trocando de técnicos.

"A economia do Brasil vive um círculo virtuoso. A economia não está crescendo aos níveis que queríamos, mas estamos crescendo", afirmou. Lula disse ainda que a equipe econômica está conseguindo compatibilizar o crescimento das exportações com o crescimento do mercado interno. "O Brasil está procurando crescer com a inflação baixa. A inflação baixa representa ganho salarial para as populações das classes mais baixas."

O presidente afirmou também que espera que o próprio mercado regule o câmbio. "Vamos encontrar um ponto de ajuste em algum momento. Só posso esperar e torcer para que haja um ajuste no câmbio promovido pelo próprio mercado." Lula defendeu em especial a política de juros praticada pelo Banco Central.

"As pessoas falam que os juros estão altos. Em média, o juros nos últimos 36 meses foram metade dos juros praticados no país nos últimos 15 anos. A média é pequena com picos de juros altos. Se permitirmos que a inflação descambe, fica difícil controlar depois." Para Lula, o ponto a ser encontrado pelo governo é "garantir que o Brasil tenha circulo virtuoso de crescimento".

"Você não acha que o Palocci quer juros mais baixos? É lógico que quer. Que o Meirelles [Henrique Meirelles, presidente do BC] quer juros mais baixos? É lógico que quer. Mas não podemos fazer loucuras." Segundo o presidente, o ajuste da política econômica não será pautado pelo ano eleitoral.

Em relação à política de geração de empregos do governo, Lula negou que em seu programa de governo tenha prometido gerar 10 milhões de empregos. "O que nós dissemos foi que era necessário gerar estes empregos e apontamos caminhos para isto. Não fizemos nenhuma afirmação que iríamos criar. Dizíamos que era necessário."

O presidente ainda citou os três milhões de empregos formais gerados durante o seu governo e lembrou que seu mandato ainda não acabou. Segundo Lula, em 2006 serão criados mais empregos no país.

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