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09/12/2005
-
09h00
ELIANE CANTANHÊDE
Colunista da Folha
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), discutiram anteontem reação ao "prato-feito" de uma disputa presidencial bipolarizada entre o PT e o PSDB. Ambos defendem candidatura própria, para puxar votos nos Estados e facilitar acordos no segundo turno, especialmente com tucanos.
Peemedebistas e pefelistas acham que ainda é cedo para conclusões eleitorais definitivas, ainda mais com duas CPIs funcionando. Nem mesmo descartam aliança, no segundo turno, do PMDB e do PFL em torno de candidato tucano. Como última hipótese, os dois partidos fechariam com o futuro presidente já eleito, em caso de vitória do PSDB.
"O PMDB sabe que, independentemente da campanha, o PSDB vai ter que governar com eles", disse Bornhausen ontem à Folha, apesar de o PFL ser atualmente o parceiro preferencial dos tucanos.
Uma frente PSDB-PMDB-PFL no segundo turno só será possível se a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição mantiver, durante a campanha de 2006, a linha descendente que registra nas pesquisas de hoje. Na análise dos dois partidos, Lula poderá ficar isolado com PT e PC do B no primeiro turno e chegar enfraquecido ao segundo. "Se chegar", ressalva Bornhausen.
Quanto à possibilidade de PMDB e PFL disputarem a eleição na condição de vices na chapa do PT e do PSDB, respectivamente, Renan nega com veemência e Bornhausen julga ser cedo para definir. "É impossível qualquer coligação em que o PMDB indique o vice, até porque vice não tem papel, não vale a pena", disse Renan, que foi cogitado como vice na chapa de Lula.
Renan deixou claro na conversa com Bornhausen que suas preferências de nomes recaem sobre o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, ex-peemedebista Nelson Jobim, que tem até abril para deixar o cargo e se filiar a um partido. Outra opção seria o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos.
O principal empenho da cúpula do PMDB é empurrar para maio as prévias para a escolha do candidato. Se não houver o adiamento, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho é considerado o mais forte, apesar de rejeitado pela cúpula e por todos os governadores. Se a prévia for em maio, há tempo para Jobim, Jarbas e outros postulantes avaliarem o quadro melhor para poderem se desincompatibilizar de seus cargos.
Para Bornhausen, "vice é uma simbologia eleitoral, um acessório. Queremos ser partido, não filial". Ele conversou com outros líderes do PMDB, como o ex-presidente José Sarney e o presidente do partido, Michel Temer. Sua prioridade é consolidar as chances do PFL nos Estados para fazer o maior número de governadores, senadores e deputados.
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Vice-presidência é rejeitada pelo PFL e pelo PMDB
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Colunista da Folha
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), discutiram anteontem reação ao "prato-feito" de uma disputa presidencial bipolarizada entre o PT e o PSDB. Ambos defendem candidatura própria, para puxar votos nos Estados e facilitar acordos no segundo turno, especialmente com tucanos.
Peemedebistas e pefelistas acham que ainda é cedo para conclusões eleitorais definitivas, ainda mais com duas CPIs funcionando. Nem mesmo descartam aliança, no segundo turno, do PMDB e do PFL em torno de candidato tucano. Como última hipótese, os dois partidos fechariam com o futuro presidente já eleito, em caso de vitória do PSDB.
"O PMDB sabe que, independentemente da campanha, o PSDB vai ter que governar com eles", disse Bornhausen ontem à Folha, apesar de o PFL ser atualmente o parceiro preferencial dos tucanos.
Uma frente PSDB-PMDB-PFL no segundo turno só será possível se a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à reeleição mantiver, durante a campanha de 2006, a linha descendente que registra nas pesquisas de hoje. Na análise dos dois partidos, Lula poderá ficar isolado com PT e PC do B no primeiro turno e chegar enfraquecido ao segundo. "Se chegar", ressalva Bornhausen.
Quanto à possibilidade de PMDB e PFL disputarem a eleição na condição de vices na chapa do PT e do PSDB, respectivamente, Renan nega com veemência e Bornhausen julga ser cedo para definir. "É impossível qualquer coligação em que o PMDB indique o vice, até porque vice não tem papel, não vale a pena", disse Renan, que foi cogitado como vice na chapa de Lula.
Renan deixou claro na conversa com Bornhausen que suas preferências de nomes recaem sobre o atual presidente do Supremo Tribunal Federal, ex-peemedebista Nelson Jobim, que tem até abril para deixar o cargo e se filiar a um partido. Outra opção seria o governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos.
O principal empenho da cúpula do PMDB é empurrar para maio as prévias para a escolha do candidato. Se não houver o adiamento, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho é considerado o mais forte, apesar de rejeitado pela cúpula e por todos os governadores. Se a prévia for em maio, há tempo para Jobim, Jarbas e outros postulantes avaliarem o quadro melhor para poderem se desincompatibilizar de seus cargos.
Para Bornhausen, "vice é uma simbologia eleitoral, um acessório. Queremos ser partido, não filial". Ele conversou com outros líderes do PMDB, como o ex-presidente José Sarney e o presidente do partido, Michel Temer. Sua prioridade é consolidar as chances do PFL nos Estados para fazer o maior número de governadores, senadores e deputados.
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