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16/12/2005 - 09h18

Tucanos avançam em redutos de Lula

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RAFAEL CARIELLO
da Folha de S.Paulo

Uma análise detalhada da pesquisa Datafolha divulgada ontem, que mostra o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no primeiro (36% a 29% das intenções de voto) e no segundo turnos (50% a 36%), revela que o tucano ganharia votos principalmente nos segmentos tradicionalmente mais fiéis ao petista.

Serra avança, nos turnos, entre os entrevistados com menor nível de renda e escolaridade, bem como ganha mais votos no interior que nas regiões metropolitanas. Lula oscila ou perde em todos, mas perde menos entre os mais escolarizados e com mais renda.

Por outro lado, Serra aparece estagnado entre os eleitores com maior escolaridade no primeiro turno e perde votos entre eles e os de maior renda no segundo, o que poderia indicar um teto para o seu crescimento nesses setores.

Segundo Mauro Paulino, diretor do Datafolha, a tendência é que os níveis de menor renda e escolaridade sigam o passo dos que estão acima deles, segundo esses critérios. Se isso vai acontecer, diz ele, "é a questão que se coloca para as próximas pesquisas".

A análise do cenário em que o tucano é Geraldo Alckmin mostra que o governador de São Paulo segue o caminho de Serra, "comendo" votos de Lula (no segundo turno) entre os que ganham até cinco salários mínimos e os que completaram apenas os níveis fundamental e médio de escolaridade. O governador tem índices de crescimento menores que os do prefeito e perde menos entre os de nível superior, mas as diferenças de ganho ou perda entre os dois ficam sempre dentro da margem de erro.

Primeiro Turno

No levantamento de intenção de voto para o primeiro turno, Serra cresceu mais entre os que têm apenas o nível fundamental (nove pontos percentuais) e médio (dez pontos), tendo permanecido estável entre os que têm nível superior (com 32% dos votos).

O tucano também cresceu bastante entre os entrevistados de menor renda, passando de 26% para 36% das intenções de voto. Nessa faixa, Lula oscilou negativamente de 32% para 30%.

Serra também se sai bem entre os eleitores do interior, onde conseguiu uma variação de nove pontos percentuais, passando de 29% para 38% das intenções de voto, contra uma oscilação de Lula de 31% para 30%. A diferença para o petista é maior aí do que nas regiões metropolitanas, em que Serra cresceu sete pontos, enquanto Lula perdeu três.

Segundo turno

As variações e tendências são similares num segundo turno entre Lula e Serra. No quesito escolaridade, este avança entre os que têm ensino fundamental (sete pontos) ou médio (cinco pontos), contra recuos do presidente de seis e cinco pontos, respectivamente. Porém, no segundo turno, perde nove pontos entre os que têm nível de escolaridade superior.

Neste mesmo campo, no segundo turno, Alckmin ganha cinco pontos entre os que têm ensino fundamental, e Lula perde seis pontos; ganha três pontos no ensino médio e perde sete entre os eleitores com nível superior.

Serra cai também entre os que ganham mais de dez salários mínimos, ainda à frente o presidente, que perde três pontos. Entre os mais pobres e de renda média, Serra avança, ampliando a diferença em relação ao petista.

Aqui Alckmin também ganha entre os mais pobres (três pontos; Lula perde cinco), mas oscila negativamente dois pontos entre os que ganham entre cinco e dez salários mínimos, para voltar a ganhar quatro pontos percentuais na faixa de maior renda.

Serra também cresce mais no interior (seis pontos) que nas regiões metropolitanas (dois pontos). Alckmin segue a tendência, com um pouco menos de fôlego. Ganha quatro pontos no interior e oscila positivamente um ponto nas regiões metropolitanas.

Especial
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