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16/12/2005
-
09h39
da Folha de S.Paulo
Deputados que estão "no corredor das cassações" por estarem envolvidos com repasses de dinheiro do publicitário Marcos Valério comemoraram a absolvição de Romeu Queiroz (PTB-MG), dizendo que ela sinaliza para outras decisões semelhantes.
Apesar de repetirem o bordão de que "cada caso é um caso", os cassáveis afirmaram que a vitória de Queiroz é simbólica. "Algumas lições podem ser tiradas. A Câmara deu o recado de que a cassação, para ocorrer, precisa de fatos muito mais sérios", afirmou José Mentor (PT-SP), que recebeu dinheiro para seu escritório de advocacia por intermédio de uma das empresas de Valério.
Outro petista, Josias Gomes (PT-BA), declarou estar otimista. "Ontem [anteontem] se fez justiça. Cada votação tem seu momento, suas condições, e o que aconteceu me deixou bastante otimista", disse. Gomes é autor de um saque da conta de Valério no Rural, para a qual deixou sua própria carteira de parlamentar.
O presidente nacional do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), considera que a Câmara "sensibilizou-se" com os argumentos apresentados por Queiroz, e por isso acabou por absolvê-lo. "O próprio parecer que saiu do Conselho de Ética dizia que o deputado Queiroz não teve envolvimento com atos de corrupção. A Câmara ouviu o argumento e analisou de maneira técnica", afirmou.
Ele é apontado como beneficiário do esquema, mas diz que o dinheiro foi enviado pelo PT para pagar o advogado do deputado Ronivon Santiago (PP-AC).
Outro integrante do PP, o deputado Pedro Henry (MT), foi o único a rechaçar algum tipo de ligação de seu processo com o do petebista. Para ele, um "não tem nada a ver" com o outro. "Prefiro nem comentar, para que não seja feita uma ligação que não existe".
Henry é apontado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como integrante do esquema. Até hoje, não foram encontradas provas que o liguem a recebimento de dinheiro do "valerioduto".
O otimismo de alguns se deve também à avaliação de que a cassação de José Dirceu (PT-SP) já atendeu em grande medida ao clamor por punições.
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Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Cassáveis festejam absolvição de Queiroz
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Deputados que estão "no corredor das cassações" por estarem envolvidos com repasses de dinheiro do publicitário Marcos Valério comemoraram a absolvição de Romeu Queiroz (PTB-MG), dizendo que ela sinaliza para outras decisões semelhantes.
Apesar de repetirem o bordão de que "cada caso é um caso", os cassáveis afirmaram que a vitória de Queiroz é simbólica. "Algumas lições podem ser tiradas. A Câmara deu o recado de que a cassação, para ocorrer, precisa de fatos muito mais sérios", afirmou José Mentor (PT-SP), que recebeu dinheiro para seu escritório de advocacia por intermédio de uma das empresas de Valério.
Outro petista, Josias Gomes (PT-BA), declarou estar otimista. "Ontem [anteontem] se fez justiça. Cada votação tem seu momento, suas condições, e o que aconteceu me deixou bastante otimista", disse. Gomes é autor de um saque da conta de Valério no Rural, para a qual deixou sua própria carteira de parlamentar.
O presidente nacional do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), considera que a Câmara "sensibilizou-se" com os argumentos apresentados por Queiroz, e por isso acabou por absolvê-lo. "O próprio parecer que saiu do Conselho de Ética dizia que o deputado Queiroz não teve envolvimento com atos de corrupção. A Câmara ouviu o argumento e analisou de maneira técnica", afirmou.
Ele é apontado como beneficiário do esquema, mas diz que o dinheiro foi enviado pelo PT para pagar o advogado do deputado Ronivon Santiago (PP-AC).
Outro integrante do PP, o deputado Pedro Henry (MT), foi o único a rechaçar algum tipo de ligação de seu processo com o do petebista. Para ele, um "não tem nada a ver" com o outro. "Prefiro nem comentar, para que não seja feita uma ligação que não existe".
Henry é apontado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como integrante do esquema. Até hoje, não foram encontradas provas que o liguem a recebimento de dinheiro do "valerioduto".
O otimismo de alguns se deve também à avaliação de que a cassação de José Dirceu (PT-SP) já atendeu em grande medida ao clamor por punições.
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