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16/12/2005
-
17h21
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que somente vai sair candidato à reeleição "se for para ganhar". Ele discursou nesta sexta-feira durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da refinaria de Pernambuco, em Ipojuca. Há poucos dias, o presidente admitiu, durante entrevista à um "pool" de rádios, que deve sair candidato, em um aparente ato falho, mas recuou de sua declaração.
"Não farei o jogo rasteiro dos meus adversários, não jogarei pequeno e não baixarei o nível de uma campanha política neste país. Vai ter um momento em que eu vou decidir, e quero que você saiba [Chávez], o dia em que eu decidir, se for para ser candidato, é para ganhar as eleições aqui neste país, outra vez", disse o presidente, para acrescentar: "se decidir não ser candidato, iremos escolher um companheiro para ganhar as eleições".
Lula fez um discurso com críticas a seus inimigos políticos, à imprensa e de apoio ao presidente venezuelano Hugo Chávez, também presente à cerimônia. O presidente voltou a fazer comparações entre a crise política da Venezuela à época do golpe que quase derrubou Chávez e a crise política brasileira. Desta vez, a referência mais forte foi feita para o trabalho da imprensa.
"A propaganda contra o [o presidente Hugo] Chávez era de tamanha magnitude, as ofensas pessoais ao Chávez eram de tamanha magnitude, que eu jamais imaginei que, em um país democrático, a imprensa pudesse agir da forma que agiu, contra o presidente Chávez. E agora estamos vivendo, no Brasil, algo semelhante. Estamos vivendo no Brasil um momento, Chávez, em que as pessoas não têm preocupação de saber se é verdade ou não a denúncia. Primeiro se publica para depois, então, não ter nenhuma responsabilidade em apurar", afirmou o presidente.
Ele voltou ao tema pouco adiante ao mencionar os ataques sofridos pelo ex-presidente Juscelino Kubistchek, a que chamou de "massacre". O ex-presidente Gelúlio Vargas também não foi esquecido por Lula: "a verdade nua e crua é que quem mais tinha ódio de Getúlio Vargas era uma pequena parcela da elite brasileira, sobretudo do Sul do país, porque ele acabou com a escravidão dos trabalhadores, criando a legislação trabalhista".
Lula ainda sugeriu que espera um esfriamento da crise nos próximos meses ao declarar: "Eu sei que nós teremos eleições em outubro, sei que, no Brasil, o clima já é pré-eleitoral. No meu caso a minha oposição já está na rua gritando há alguns meses, e eu acho que o fôlego vai terminando quando vai se aproximando a data das eleições".
O presidente insistiu na tese de que sofre preconceito por sua origem humilde, ao afirmar que "a democracia, presidente Chávez, para algumas pessoas, aqui, no Brasil, ela era boa quando o povo tinha apenas o direito de gritar que estava com fome, porque na cabeça de alguns, esse era o limite da democracia, era o povo poder reclamar que estava com fome. Eles não estavam preparados para que a democracia, levada às suas últimas conseqüências, fizesse um torneiro mecânico o Presidente da República Federativa deste país".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Lula afirma que somente vai disputar eleição para ganhar
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou que somente vai sair candidato à reeleição "se for para ganhar". Ele discursou nesta sexta-feira durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da refinaria de Pernambuco, em Ipojuca. Há poucos dias, o presidente admitiu, durante entrevista à um "pool" de rádios, que deve sair candidato, em um aparente ato falho, mas recuou de sua declaração.
"Não farei o jogo rasteiro dos meus adversários, não jogarei pequeno e não baixarei o nível de uma campanha política neste país. Vai ter um momento em que eu vou decidir, e quero que você saiba [Chávez], o dia em que eu decidir, se for para ser candidato, é para ganhar as eleições aqui neste país, outra vez", disse o presidente, para acrescentar: "se decidir não ser candidato, iremos escolher um companheiro para ganhar as eleições".
Lula fez um discurso com críticas a seus inimigos políticos, à imprensa e de apoio ao presidente venezuelano Hugo Chávez, também presente à cerimônia. O presidente voltou a fazer comparações entre a crise política da Venezuela à época do golpe que quase derrubou Chávez e a crise política brasileira. Desta vez, a referência mais forte foi feita para o trabalho da imprensa.
"A propaganda contra o [o presidente Hugo] Chávez era de tamanha magnitude, as ofensas pessoais ao Chávez eram de tamanha magnitude, que eu jamais imaginei que, em um país democrático, a imprensa pudesse agir da forma que agiu, contra o presidente Chávez. E agora estamos vivendo, no Brasil, algo semelhante. Estamos vivendo no Brasil um momento, Chávez, em que as pessoas não têm preocupação de saber se é verdade ou não a denúncia. Primeiro se publica para depois, então, não ter nenhuma responsabilidade em apurar", afirmou o presidente.
Ele voltou ao tema pouco adiante ao mencionar os ataques sofridos pelo ex-presidente Juscelino Kubistchek, a que chamou de "massacre". O ex-presidente Gelúlio Vargas também não foi esquecido por Lula: "a verdade nua e crua é que quem mais tinha ódio de Getúlio Vargas era uma pequena parcela da elite brasileira, sobretudo do Sul do país, porque ele acabou com a escravidão dos trabalhadores, criando a legislação trabalhista".
Lula ainda sugeriu que espera um esfriamento da crise nos próximos meses ao declarar: "Eu sei que nós teremos eleições em outubro, sei que, no Brasil, o clima já é pré-eleitoral. No meu caso a minha oposição já está na rua gritando há alguns meses, e eu acho que o fôlego vai terminando quando vai se aproximando a data das eleições".
O presidente insistiu na tese de que sofre preconceito por sua origem humilde, ao afirmar que "a democracia, presidente Chávez, para algumas pessoas, aqui, no Brasil, ela era boa quando o povo tinha apenas o direito de gritar que estava com fome, porque na cabeça de alguns, esse era o limite da democracia, era o povo poder reclamar que estava com fome. Eles não estavam preparados para que a democracia, levada às suas últimas conseqüências, fizesse um torneiro mecânico o Presidente da República Federativa deste país".
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