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01/10/2000 - 09h27

Afilhado de ACM deve assegurar vitória em Salvador

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LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

Quatro anos depois, a eleição em Salvador (BA) para a escolha do primeiro prefeito da capital baiana do século 21 repete o mesmo cenário de 96: o pefelista Antonio Imbassahy tenta, como favorito, a reeleição contra o candidato petista, o deputado federal Nelson Pellegrino.

Durante toda a semana, o petista tentou desacreditar as pesquisas, que apontam Imbassahy como favorito, e afirmou acreditar na militância do partido.

"Em 96 aconteceu a mesma coisa. Diziam que ele (Imbassahy) iria ganhar com facilidade e, por pouco, não aconteceu o segundo turno. Nossos candidatos e militantes não podem se deixar enganar pelas pesquisas que apontam o representante da direita como favorito", disse Pellegrino, que também foi o candidato do PT na última eleição.

Apoiado pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) e pelo governador César Borges (PFL), o prefeito Antonio Imbassahy disse que vai vencer com uma diferença de 300 mil votos.

"Os eleitores de Salvador já optaram pela manutenção do mesmo grupo político no poder. Afinal, com a liderança do senador Antonio Carlos Magalhães, nós conseguimos tirar Salvador do caos", disse Imbassahy à Agência Folha.

Com outros três candidatos disputando a sucessão da primeira capital brasileira -João Henrique Carneiro (PDT), Arthur Maia (PSDB) e Antônio Eduardo Alves de Oliveira (PCO) -, a campanha política em Salvador foi marcada pela tranquilidade.

Somente nas últimas três semanas é que o PT acirrou um pouco mais a disputa, ao escolher o senador ACM, líder do principal grupo político do Estado, como o principal alvo de acusações.

Em seus programas eleitorais, o PT insinuou uma comparação entre ACM e os ditadores Adolf Hitler (Alemanha), Benito Mussolini (Itália) e Augusto Pinochet (Chile). O anúncio do PT, no entanto, não citou em nenhum momento o nome do presidente do Senado. A Justiça Eleitoral acabou o retirando do ar, assim como tirou a resposta do PFL.

Em resposta à comparação, ACM atacou o PT baiano. "Quando esteve no poder, o PT demonstrou que não sabe governar."

Tranquilo em relação à vitória de Imbassahy, Antonio Carlos Magalhães quer aproveitar a eleição de hoje para ampliar o seu domínio no Estado. "Vou ganhar a eleição em 390 dos 417 municípios baianos", prevê o presidente do Senado.

Das dez maiores cidades do Estado, ACM teme apenas pela derrota em Vitória da Conquista (505 km a sudoeste de Salvador).

"Com exceção de Vitória da Conquista, onde a eleição está muito disputada, vou ganhar em todas as outras grandes cidades", afirmou o cacique, que passou a semana final da campanha em seu Estado participando de comícios, carreatas e encontro de candidatos com eleitores em diversas cidades.

Dos 417 municípios baianos, dois escolherão seus prefeitos pela primeira vez: Barrocas e Luís Eduardo Magalhães -este última batizada em homenagem deputado federal, filho de ACM, morto por enfarte em abril de 1998.

Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Bahia, os resultados da eleição em Salvador deverão ser anunciados oficialmente às 10h de amanhã. A contagem, extra-oficialmente, deverá estar encerrada entre a noite de hoje e a madrugada de amanhã.

Até a próxima quarta-feira, o TRE espera divulgar a relação de todos os prefeitos e vereadores eleitos no Estado.

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