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28/12/2005 - 15h43

Segurança confirma saques feitos na conta da Skymaster

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Em depoimento à CPI dos Correios, o segurança Francisco Marques Carioca, da Cortez Câmbio e Turismo, confirmou ter efetuado 27 saques num total de R$ 1.036 milhão nas contas da Skymaster, mas negou lembrar as datas dos saques e o local para onde foi transportado o dinheiro. Ele disse que prestou o serviço de sacador destes recursos a pedido do advogado Marcos Pinto, que era advogado da Skymaster.

Carioca disse que foi na condição de segurança que acompanhou o advogado em todas as vezes que os recursos foram sacados. Francisco Marques Carioca fazia pessoalmente os saques nas bocas dos caixas a pedido do advogado da Skymaster e por cada vez que efetuava este trabalho ele recebia a quantia de R$ 50. Após a retirada do dinheiro, cada um seguia em carro próprio e o segurança acompanhava o advogado até uma residência, onde era dispensado.

A Cortez é a empresa que atende a Skymaster para os serviços de câmbio. De acordo com relatório parcial da CPI, a Skymaster e a Beta (Brazilian Airlines Transportes Aéreos) teriam um acordo pelo qual a vencedora de uma licitação nos Correios partilharia os serviços e os lucros com a outra.

Mesmo com toda a insistência dos integrantes da CPI, Carioca manteve a versão de que não lembrava dos endereços dos quais acompanhou Marcos Pinto. Para o relator da sub-comissão de Contratos da CPI, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), Carioca está mentindo em seu depoimento à CPI.

Cardoso primeiro pressionou o segurança com a possibilidade de prisão em flagrante pelo crime de mentir a uma CPI, depois o ameaçou com um processo no Ministério Público e lembrou que Carioca poderia responder à Receita Federal pelo R$ 1 milhão sacados por ele e que até o momento não foram identificados em outras contas.

Após uma série de perguntas que ficaram sem resposta, o relator chegou a oferecer um depoimento sigiloso para o segurança da Cortez Câmbio e Turismo. Mesmo com a possibilidade de um depoimento fechado, Carioca manteve sua versão de que não se lembra dos locais para os quais o dinheiro foi transportado. Os saques nas contas da Skymaster ocorreram em Manaus no período de fevereiro de 2000 a julho de 2001.

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