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03/01/2006
-
10h00
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo
O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, afirmou ontem que "não seria um desastre" para o PT se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidisse não se candidatar à reeleição depois que o partido passou a ser alvo de denúncias de corrupção. Lula deverá tomar uma decisão até o fim de fevereiro, disse ele.
"Estou dizendo que não acho que seria um desastre [a não-candidatura] porque o problema do PT é o problema desse episódio que aconteceu [o escândalo do "mensalão']", disse o ministro.
Wagner explicou ainda que a imagem do PT não será salva somente com a reeleição de Lula: "Esse desgaste não se resolve só com uma nova eleição. É uma marca que vai ficar no PT, que vai ser decantada com o tempo".
O ministro ressaltou que o partido não conta com outro candidato e que os integrantes do governo e da base aliada no Congresso dão como certa a candidatura à reeleição de Lula.
"Evidentemente que o melhor candidato que o PT chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Eu diria que é o único candidato que o partido tem", disse. Wagner reuniu-se com o presidente na manhã de ontem. Ele contou que Lula tem discutido com diferentes interlocutores a possibilidade de não se candidatar. "Eu acho que é uma reflexão sincera dele. Ele nunca foi adepto da reeleição."
Ontem, o presidente conversou sobre a possibilidade de não se candidatar também com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Os dois estiveram juntos no começo da tarde. O senador é contra a tese de reeleição. "Sobre esse tema eu tenho muita afinidade com ele [Lula]. Ele vem desenvolvendo ainda uma análise sobre o assunto [a possibilidade de não se candidatar]. É legítimo que esteja refletindo", contou Suplicy.
O senador foi ao Planalto para acertar os detalhes da viagem à Bolívia onde ele e o presidente deverão, no dia 22, assistir à posse do presidente eleito Evo Morales. Na oportunidade, Suplicy representará o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"Quero conversar muito com o presidente, apesar de a viagem ser curta", disse Suplicy. Ele, que disputou as prévias internas do PT contra Lula em 2002, afirmou que não pretende fazer o mesmo neste ano: "Já anunciei que, se ele quiser ser candidato, não pretendo concorrer às prévias".
Apesar de o assunto reeleição ser freqüente na agenda do presidente, Jaques Wagner responsabilizou a oposição por antecipar o debate eleitoral. Para ele, o PSDB e o PFL preferem que Lula não seja candidato. "O primeiro que sugeriu isso foi Fernando Henrique Cardoso há seis meses."
O presidente Lula vai tirar três ou quatro dias de folga, de acordo com Wagner. Isso poderia ocorrer a partir de quinta. Lula, porém, ainda não teria decidido nem a data nem a quantidade de dias que ficará longe do trabalho. "Como ele quer descanso, ele não está revelando para onde vai."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Wagner sustenta que presidente pode não se candidatar à reeleição
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da Folha de S.Paulo
O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, afirmou ontem que "não seria um desastre" para o PT se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidisse não se candidatar à reeleição depois que o partido passou a ser alvo de denúncias de corrupção. Lula deverá tomar uma decisão até o fim de fevereiro, disse ele.
"Estou dizendo que não acho que seria um desastre [a não-candidatura] porque o problema do PT é o problema desse episódio que aconteceu [o escândalo do "mensalão']", disse o ministro.
Wagner explicou ainda que a imagem do PT não será salva somente com a reeleição de Lula: "Esse desgaste não se resolve só com uma nova eleição. É uma marca que vai ficar no PT, que vai ser decantada com o tempo".
O ministro ressaltou que o partido não conta com outro candidato e que os integrantes do governo e da base aliada no Congresso dão como certa a candidatura à reeleição de Lula.
"Evidentemente que o melhor candidato que o PT chama-se Luiz Inácio Lula da Silva. Eu diria que é o único candidato que o partido tem", disse. Wagner reuniu-se com o presidente na manhã de ontem. Ele contou que Lula tem discutido com diferentes interlocutores a possibilidade de não se candidatar. "Eu acho que é uma reflexão sincera dele. Ele nunca foi adepto da reeleição."
Ontem, o presidente conversou sobre a possibilidade de não se candidatar também com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Os dois estiveram juntos no começo da tarde. O senador é contra a tese de reeleição. "Sobre esse tema eu tenho muita afinidade com ele [Lula]. Ele vem desenvolvendo ainda uma análise sobre o assunto [a possibilidade de não se candidatar]. É legítimo que esteja refletindo", contou Suplicy.
O senador foi ao Planalto para acertar os detalhes da viagem à Bolívia onde ele e o presidente deverão, no dia 22, assistir à posse do presidente eleito Evo Morales. Na oportunidade, Suplicy representará o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"Quero conversar muito com o presidente, apesar de a viagem ser curta", disse Suplicy. Ele, que disputou as prévias internas do PT contra Lula em 2002, afirmou que não pretende fazer o mesmo neste ano: "Já anunciei que, se ele quiser ser candidato, não pretendo concorrer às prévias".
Apesar de o assunto reeleição ser freqüente na agenda do presidente, Jaques Wagner responsabilizou a oposição por antecipar o debate eleitoral. Para ele, o PSDB e o PFL preferem que Lula não seja candidato. "O primeiro que sugeriu isso foi Fernando Henrique Cardoso há seis meses."
O presidente Lula vai tirar três ou quatro dias de folga, de acordo com Wagner. Isso poderia ocorrer a partir de quinta. Lula, porém, ainda não teria decidido nem a data nem a quantidade de dias que ficará longe do trabalho. "Como ele quer descanso, ele não está revelando para onde vai."
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