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15/01/2006
-
09h51
Do colunista da Folha de S.Paulo
O advogado, cientista social e filósofo Roberto Mangabeira Unger afirmou à Folha que nunca tomou ou tomará medidas para beneficiar o grupo Opportunity em detrimento da Brasil Telecom, apesar de ter sido pressionado para agir nessa direção e de ser amigo do banqueiro Daniel Dantas.
Ele preferiu não detalhar as pressões que sofreu para atuar em favor do Opportunity. "Não tenho problemas em dizer não a um amigo."
O cientista social disse que pretende se desincumbir de suas tarefas "da forma mais impecável e mais honrosa possível". Ele admitiu inclusive a possibilidade de renúncia.
Mangabeira Unger afirmou, no entanto, que nunca abriu mão de nenhum direito defendido pela BrT. Disse que só não se pronunciou em relação a extinção das ações da BrT contra a Telecom Italia porque ainda acredita num acordo entre os acionistas da tele (Opportunity, Telecom Italia, fundos de pensão e Citigroup).
Mangabeira Unger não revelou a quantia recebida por ele para exercer as funções de consultor e "trustee" da BrT. Disse que sua remuneração foi dentro dos padrões internacionais.
De acordo com Mangabeira Unger, boa parte do dinheiro foi para o "trust", e não para ele. O "trust" tem despesas próprias, como o pagamento de advogados.
Mangabeira Unger confirmou ter tido reuniões com representantes da Kroll, sempre com a participação de escritórios de advocacia contratados pela BrT nos EUA. Ele afirmou que nunca se tratou, nessas reuniões, de investigações a pessoas do governo.
Segundo Mangabeira Unger, as reuniões com a Kroll eram para tratar das investigações sobre a compra supostamente superfaturada da CRT. Para ele, o trabalho da Kroll, no entanto, foi frustrante. "Tinham pouco a dizer." Ele disse que a Kroll precisa ser desmistificada no Brasil. A companhia, a seu ver, é tratada quase que como uma empresa criminosa, apesar de ser uma das mais respeitadas do mundo.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Brasil Telecom
Leia o que já foi publicado sobre Mangabeira Unger
"Nunca beneficiei Daniel Dantas", afirma filósofo
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O advogado, cientista social e filósofo Roberto Mangabeira Unger afirmou à Folha que nunca tomou ou tomará medidas para beneficiar o grupo Opportunity em detrimento da Brasil Telecom, apesar de ter sido pressionado para agir nessa direção e de ser amigo do banqueiro Daniel Dantas.
Ele preferiu não detalhar as pressões que sofreu para atuar em favor do Opportunity. "Não tenho problemas em dizer não a um amigo."
O cientista social disse que pretende se desincumbir de suas tarefas "da forma mais impecável e mais honrosa possível". Ele admitiu inclusive a possibilidade de renúncia.
Mangabeira Unger afirmou, no entanto, que nunca abriu mão de nenhum direito defendido pela BrT. Disse que só não se pronunciou em relação a extinção das ações da BrT contra a Telecom Italia porque ainda acredita num acordo entre os acionistas da tele (Opportunity, Telecom Italia, fundos de pensão e Citigroup).
Mangabeira Unger não revelou a quantia recebida por ele para exercer as funções de consultor e "trustee" da BrT. Disse que sua remuneração foi dentro dos padrões internacionais.
De acordo com Mangabeira Unger, boa parte do dinheiro foi para o "trust", e não para ele. O "trust" tem despesas próprias, como o pagamento de advogados.
Mangabeira Unger confirmou ter tido reuniões com representantes da Kroll, sempre com a participação de escritórios de advocacia contratados pela BrT nos EUA. Ele afirmou que nunca se tratou, nessas reuniões, de investigações a pessoas do governo.
Segundo Mangabeira Unger, as reuniões com a Kroll eram para tratar das investigações sobre a compra supostamente superfaturada da CRT. Para ele, o trabalho da Kroll, no entanto, foi frustrante. "Tinham pouco a dizer." Ele disse que a Kroll precisa ser desmistificada no Brasil. A companhia, a seu ver, é tratada quase que como uma empresa criminosa, apesar de ser uma das mais respeitadas do mundo.
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