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17/01/2006 - 12h48

Mentor reafirma que recebeu por trabalhos prestados a sócio de Valério

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da Folha Online

O deputado José Mentor (PT-SP) disse nesta terça-feira, em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, que não recebeu nenhum tipo de vantagem indevida durante seu mandato. Ele é acusado de ter recebido R$ 120 mil do caixa dois do PT por intermédio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Mentor reafirmou que seu escritório de advocacia --José Mentor, Pereira Mello e Souza Advogados Associados-- foi contratado em março de 2004 pelo advogado Rogério Tolentino, sócio de Valério na empresa 2S Participações, para elaboração de estudos. Ele lembrou que, na época em que foi identificado o pagamento de R$ 60 mil, já havia sido dada a explicação de que não era um, mas dois pagamentos de R$ 60 mil recebidos por trabalhos profissionais prestados pelo escritório.

O primeiro cheque, segundo o deputado, foi sacado do Banco Itaú, da conta pessoal do advogado Tolentino, entre abril e maio de 2004. O segundo, da 2S Participações, teria sido repassado a ele, em seu escritório, pelo próprio Tolentino. "Esses cheques foram depositados não na minha conta pessoal, mas na conta da pessoa jurídica do escritório", afirmou.

Mentor disse que os pagamentos foram contabilizados e os impostos devidamente recolhidos. Ele afirmou que, somente durante o depoimento de Tolentino à CPI dos Correios, soube que o destinatário final dos serviços prestados pelo seu escritório era a 2S Participações.

Perícia

O deputado contou que procurou o perito Ricardo Molina, da Unicamp, para fazer perícia em toda documentação de seu escritório referente a esse caso, e que o laudo afirma não haver vestígios de fraude. "Não foi coisa montada para salvar o meu mandato, mas um serviço profissional de advogados", afirmou.

Mentor apresentou também declarações de advogados com quem seu escritório tem relação para mostrar que esse é um procedimento corriqueiro. Ele assinalou ainda que todos sabem da relação histórica que tem com o PT, o que significaria que não precisa de nenhum tipo de gratificação para votar com o partido.

Marcos Valério

Sobre sua relação com Marcos Valério, o deputado voltou a afirmar que o conheceu em outubro de 2003, quando articulava a campanha política de 2004, no interior de São Paulo. "Quem era Marcos Valério em outubro 2003? Um publicitário que trabalharia na campanha de 2004. Foi assim que o conheci", afirmou.

Com Agência Câmara

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