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23/01/2006
-
15h40
da Folha Online
Os integrantes da CPI dos Correios devem votar nesta semana requerimento para que o publicitário Duda Mendonça volte a prestar depoimento à comissão, que apura a sua participação no esquema do "valerioduto" e tenta rastrear movimentações financeiras no país e no exterior.
O deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) são os autores do requerimento.
Segundo reportagem publicada hoje pela Folha de S.Paulo, o publicitário disse, por meio de seu advogado, que está disposto a depor pela segunda vez na CPI dos Correios. "Tão logo seja convocado, Duda vai comparecer pontualmente para prestar esclarecimentos", afirmou o advogado Tales Castelo Branco, responsável pela defesa do publicitário.
A disposição de depor novamente é tornada pública no momento em que Duda, segundo a revista "Veja", estaria fazendo chegar aos membros da CPI ameaças segundo as quais, se convocado, poderá revelar bastidores de outras campanhas eleitorais que coordenou no país.
Em agosto de 2005, Duda compareceu espontaneamente à CPI. Num depoimento no qual chegou a chorar, disse ter sido orientado por Marcos Valério Fernandes de Souza, operador do "mensalão", a abrir uma conta no exterior para receber, via caixa dois, pagamentos por serviços prestados a campanhas petistas nas eleições de 2002.
O publicitário, responsável pelo marketing da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu R$ 10,5 milhões numa conta secreta no exterior, por meio da offshore Dusseldorf. Valério contestou a versão, dizendo que foi Duda quem pediu para que o dinheiro fosse depositado na conta.
Contas no exterior
Desde o seu primeiro depoimento, novas denúncias recaíram sobre o publicitário. Segundo reportagem da revista "Veja" que circula nesta semana, Duda, seus familiares e sua sócia, Zilmar Fernandes da Silveira, teriam recebido, desde 1993, cerca de US$ 15 milhões em cinco contas do Bank of America, nos Estados Unidos.
O advogado de Duda nega a existência de contas desde 1993. Diz que a única conta que tem o publicitário como beneficiário é a Dusseldorf, aberta anos depois. E alega que a abertura de novas contas pode ter sido feita pelo banco para aplicação de recursos.
Com Folha de S.Paulo e FELIPE RECONDO, da Folha Online, em Brasília
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CPI deve votar requerimento para Duda Mendonça voltar a depor
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O deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) são os autores do requerimento.
Segundo reportagem publicada hoje pela Folha de S.Paulo, o publicitário disse, por meio de seu advogado, que está disposto a depor pela segunda vez na CPI dos Correios. "Tão logo seja convocado, Duda vai comparecer pontualmente para prestar esclarecimentos", afirmou o advogado Tales Castelo Branco, responsável pela defesa do publicitário.
A disposição de depor novamente é tornada pública no momento em que Duda, segundo a revista "Veja", estaria fazendo chegar aos membros da CPI ameaças segundo as quais, se convocado, poderá revelar bastidores de outras campanhas eleitorais que coordenou no país.
Em agosto de 2005, Duda compareceu espontaneamente à CPI. Num depoimento no qual chegou a chorar, disse ter sido orientado por Marcos Valério Fernandes de Souza, operador do "mensalão", a abrir uma conta no exterior para receber, via caixa dois, pagamentos por serviços prestados a campanhas petistas nas eleições de 2002.
O publicitário, responsável pelo marketing da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu R$ 10,5 milhões numa conta secreta no exterior, por meio da offshore Dusseldorf. Valério contestou a versão, dizendo que foi Duda quem pediu para que o dinheiro fosse depositado na conta.
Contas no exterior
Desde o seu primeiro depoimento, novas denúncias recaíram sobre o publicitário. Segundo reportagem da revista "Veja" que circula nesta semana, Duda, seus familiares e sua sócia, Zilmar Fernandes da Silveira, teriam recebido, desde 1993, cerca de US$ 15 milhões em cinco contas do Bank of America, nos Estados Unidos.
O advogado de Duda nega a existência de contas desde 1993. Diz que a única conta que tem o publicitário como beneficiário é a Dusseldorf, aberta anos depois. E alega que a abertura de novas contas pode ter sido feita pelo banco para aplicação de recursos.
Com Folha de S.Paulo e FELIPE RECONDO, da Folha Online, em Brasília
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