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26/01/2006
-
13h48
da Folha Online
Intelectuais e ativistas de diversos países latino-americanos e do Oriente Médio presentes ao debate desta quarta-feira no 6º Fórum Social Mundial afirmaram que o poder dos Estados Unidos apresenta sinais de decadência. Por isso, dizem, é preciso entender melhor o que ainda sustenta seu poder e formular estratégias conjuntas, em especial na América Latina, para enfrentá-lo.
O painel Estratégias Imperiais, Militarização e Resistências dos Povos foi uma das atividades propostas pelo comitê organizador do fórum em parceria com as entidades que participam do evento.
O debate sobre o imperialismo, a guerra e a militarização é considerado o tema central em Caracas. Alguns dos países com o maior número de participantes no fórum, como os Estados Unidos, a Venezuela e a Colômbia, estão hoje envolvidos diretamente em problemas relacionados com o tema.
A Venezuela tem sofrido resistência dos Estados Unidos. O presidente do país, Hugo Chávez, também acusa o governo americano de ter auxiliado na articulação de golpe de Estado contra ele, em 2001.
Já os ativistas colombianos presentes ao fórum acusam o governo de Alvaro Uribe de legislar em favor dos grupos que promovem a expropriação de terras indígenas e pela omissão em relação a atos praticados por grupos paramilitares no país, além de conivência em relação à morte de ativistas e líderes comunitários.
O maior sinal da decadência do poder norte-americano, disseram os participantes do evento, é o atual revés enfrentado pelas forças dos EUA na ocupação do Iraque. "O que está acontecendo no Iraque é uma grande derrota do projeto colonialista no Oriente Médio", disse
Jamal Jumá, ativista palestino do movimento Stop the Wall (Pare o Muro), que protesta contra a construção de um muro para isolar a Palestina de Israel. O grupo acusa Israel de promover um "apartheid" semelhante ao que havia na África do Sul até o início dos anos 90.
O escritor venezuelano Luis Brito Garcia defendeu o reforço da união entre os países da região. Para ele, apesar de os Estados Unidos gastarem quase dez vezes mais que toda a América Latina com suas forças armadas, o efetivo militar dos dois "lados" é equilibrado, o que impede atualmente uma política mais agressiva dos EUA em relação ao continente.
Segundo dados citados por Garcia, os EUA teriam em suas forças 1,414 milhão de homens, enquanto os países da América Latina, juntos, teriam 1,25 milhão.
Com Agência Brasil
Especial
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Leia a cobertura completa sobre os fóruns globais
Hegemonia dos EUA mostra sinais de decadência, dizem ativistas
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Intelectuais e ativistas de diversos países latino-americanos e do Oriente Médio presentes ao debate desta quarta-feira no 6º Fórum Social Mundial afirmaram que o poder dos Estados Unidos apresenta sinais de decadência. Por isso, dizem, é preciso entender melhor o que ainda sustenta seu poder e formular estratégias conjuntas, em especial na América Latina, para enfrentá-lo.
O painel Estratégias Imperiais, Militarização e Resistências dos Povos foi uma das atividades propostas pelo comitê organizador do fórum em parceria com as entidades que participam do evento.
O debate sobre o imperialismo, a guerra e a militarização é considerado o tema central em Caracas. Alguns dos países com o maior número de participantes no fórum, como os Estados Unidos, a Venezuela e a Colômbia, estão hoje envolvidos diretamente em problemas relacionados com o tema.
A Venezuela tem sofrido resistência dos Estados Unidos. O presidente do país, Hugo Chávez, também acusa o governo americano de ter auxiliado na articulação de golpe de Estado contra ele, em 2001.
Já os ativistas colombianos presentes ao fórum acusam o governo de Alvaro Uribe de legislar em favor dos grupos que promovem a expropriação de terras indígenas e pela omissão em relação a atos praticados por grupos paramilitares no país, além de conivência em relação à morte de ativistas e líderes comunitários.
O maior sinal da decadência do poder norte-americano, disseram os participantes do evento, é o atual revés enfrentado pelas forças dos EUA na ocupação do Iraque. "O que está acontecendo no Iraque é uma grande derrota do projeto colonialista no Oriente Médio", disse
Jamal Jumá, ativista palestino do movimento Stop the Wall (Pare o Muro), que protesta contra a construção de um muro para isolar a Palestina de Israel. O grupo acusa Israel de promover um "apartheid" semelhante ao que havia na África do Sul até o início dos anos 90.
O escritor venezuelano Luis Brito Garcia defendeu o reforço da união entre os países da região. Para ele, apesar de os Estados Unidos gastarem quase dez vezes mais que toda a América Latina com suas forças armadas, o efetivo militar dos dois "lados" é equilibrado, o que impede atualmente uma política mais agressiva dos EUA em relação ao continente.
Segundo dados citados por Garcia, os EUA teriam em suas forças 1,414 milhão de homens, enquanto os países da América Latina, juntos, teriam 1,25 milhão.
Com Agência Brasil
Especial
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