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26/01/2006 - 17h54

CPI vai convocar ex-presidente do banco Santos

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da Folha Online

A CPI dos Correios aprovou a convocação do ex-presidente do banco Santos, Edemar Cid Ferreira. A data do depoimento, requerido pela sub-relatoria de Fundos da comissão, ainda não foi marcado.

Cid Ferreira é réu em um processo em que é acusado de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O Banco Santos deixou um rombo de R$ 2,2 bilhões, segundo o Banco Central.

Segundo informações da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), as perdas dos fundos de pensão que tinham aplicações no banco remontam a R$ 370,69 milhões, sendo R$ 303,03 milhões somente de entidades bancadas por estatais.

A sub-relatoria dos Correios investiga justamente irregularidades na gestão de investimentos de fundos que aplicaram recursos no Santos, além do Rural e BMG. A SPC (Secretaria de Previdência Complementar) já chegou a punir gestores de fundos que investiram nesse banco.

Prejuízos nos fundos

A convocação de Cid Ferreira foi motivada também pelo depoimento desta quinta-feira da sub-relatoria. Os integrantes ouviram o operador de mercado financeiro Alexandre Athayde Francisco, que forneceu detalhes sobre supostas operações irregulares de fundos no mercado financeiro.

Segundo Francisco, os fundos vendiam papéis, por meio de corretora, por preço abaixo do preço de mercado e recompravam os mesmos ativos três dias depois por valores correntes na praça. Segundo ele, essas operações servem para abastecer caixas dois de partidos.

O operador acusa Haroldo de Almeida Rego Filho, também operador do mercado, de ser um intermediário de algumas dessas operações. Ele afirma que foi por meio de Almeida Rego que o Real Grandeza (fundo de pensão dos funcionários de Furnas) aplicou R$ 153 milhões em CDBs (títulos de renda fixa) do banco Santos, quando a instituição já era considerada de alto risco.

Ouvido pela Folha de S.Paulo o operador Haroldo de Almeida Rego Filho já afirmou que não participou de transações que possam caracterizar lavagem de dinheiro ou ocultação de bens.

Ontem, o ex-diretor de investimentos da Fundação Real Grandeza, Jorge Luiz Monteiro de Freitas, que já foi condenado pela SPC, defendeu-se na reunião da sub-relatoria de fundos, ao dizer que a instituição não foi a única a ter prejuízos com o Santos, já que outros 56 fundos foram prejudicados.

O ex-diretor de investimentos também afirmou que o Santos havia recebido avaliação positiva de instituições internacionais avaliadoras de risco à época dos investimentos, fato contestado pelo deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), o relator da sub-relatoria.

Com Agência Câmara

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