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27/01/2006 - 21h31

Lula afirma que Palocci é "monumento de sinceridade"

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EDUARDO DE OLIVEIRA
da Agência Folha, em Castilho (SP)

Em visita a dois assentamentos rurais no município de Castilho (656 km a noroeste de São Paulo), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou na manhã desta sexta-feira o desempenho do ministro Antonio Palocci (Fazenda) em seu depoimento na CPI dos Bingos.

"Eu acho que vocês não tem dúvida de que o Palocci é aquilo que foi ontem. O Palocci é um monumento de sinceridade, é um monumento de inteligência. Eu acho que, quem assistiu, saiu convencido de que o espetáculo que a CPI queria dar não aconteceu, porque o Palocci foi muito sincero, muito honesto e muito digno", declarou o presidente.

Na sua fala de seis horas, ontem, Palocci disse que adversários políticos requentam acusações sempre que se aproximam eleições e minimizou as investigações do Ministério Público e o relatório parcial da CPI, que acusam de irregularidades pessoas com quem o ministro manteve ou mantém ligações de amizade e de trabalho.

Verticalização

Lula também tratou do fim da verticalização na entrevista que concedeu após seu discurso, dizendo que "nunca viu vantagem" na medida. Instituída em 2002, ela obrigava os partidos a repetir nos Estados as alianças feitas em âmbito nacional.

Ontem a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno a sua extinção, por meio de uma emenda à Constituição.

"Eu digo sempre o seguinte: aliança política não é bigamia. Ou seja, se as pessoas quiserem apoiar, apóiam, não precisa ter um contrato que tenha de ser seja de cima, pacto federal ou municipal, não. Vamos deixar as pessoas livres para escolher."

Na opinião do presidente, "é muito melhor uma decisão política [entre partidos] e as pessoas cumprirem do que um protocolo e as pessoas não cumprirem."

Cassação e reeleição

O presidente Lula não comentou a decisão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que ontem aprovou o pedido de cassação do mandato do deputado federal petista Professor Luizinho, acusado de ter se beneficiado de R$ 20 mil do esquema de Marcos Valério.

"É difícil dar opinião porque que não sei qual foi o debate de ontem [anteontem]. Depois de conversar com os deputados que participaram e me disserem sobre o debate, eu até posso dar um opinião. Eu lamento, porque o Luizinho é uma figura tão digna, tão decente. Se julgaram que ele cometeu um erro, ele vai ser julgado pela Câmara."

A respeito da reunião anteontem entre os líderes tucanos Tasso Jereissati (presidente do PSDB e senador pelo Ceará), Aécio Neves (governador de Minas Gerais) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula disse não estar preocupado com as articulações do partido para a escolha do seu candidato à Presidência.

"Seria difícil eles não se reunirem, são do mesmo partido. Seria anormal se não tivessem se reunido. Eu acho que têm de se reunir, que a oposição pode e deve ajudar a contribuir com o Brasil."

Lula insistiu em que ainda não é candidato à reeleição. "Eu vou repetir apenas o que tenho dito: eu tenho que governar até o dia 31 de dezembro. Se eu tiver que ser candidato ou não, a decisão só precisa ser tomada depois da convenção oficial do partido. Portanto, até lá, eu vou viajar o Brasil. O que não pode é alguém tentar impedir que eu viaje para eu fazer as coisas."

O presidente disse que se sente satisfeito com o seu governo até aqui, mas fez uma ressalva. "Obviamente que se agente for olhar sempre para as nossas perspectivas, você pode trabalhar dez anos que vai precisar trabalhar mais dez, mais dez, mais dez e não completar tudo o que precisa fazer."

Especial
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