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30/01/2006 - 22h10

Ministério Público pede prisão preventiva de coordenador nacional do MST

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

O Ministério Público de Pernambuco pediu à Justiça estadual a prisão preventiva do coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) Jaime Amorim e de outros cinco integrantes do movimento no Estado.

Os sem-terra são acusados de invadir e depredar bens da usina Estreliana, localizada em Gameleira (a 110 km de Recife), em novembro passado. Eles teriam ainda incitado outros lavradores a praticar o crime e desobedecido ordem judicial que os impedia de entrar na propriedade.

O pedido de prisão foi encaminhado à Justiça na semana passada, após o fim do inquérito policial que apurou o caso. Até hoje, porém, não havia decisão. A Justiça pode acatar, recusar ou pedir novas investigações.

O conflito na usina aconteceu no dia 16 de novembro de 2005. Cerca de 300 sem-terra interditaram a BR-101, incendiaram plantações de cana-de-açúcar, dois tratores e uma motocicleta pertencentes à propriedade.

A ação ocorreu em represália à decisão da Justiça de suspender a imissão de posse do engenho Pereira Grande, que faz parte da usina e seria entregue ao MST. O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) recorreu, mas ainda aguarda o julgamento do recurso.

No dia 15 de dezembro, os sem-terra voltaram a protestar no local. Cerca de 2.000 lavradores caminharam cerca de 20 quilômetros até a entrada da usina, mas foram impedidos de entrar pela tropa de choque da Polícia Militar. Houve confronto.

Os policiais lançaram bombas de efeito moral em direção aos trabalhadores rurais, alegando que eles os atacaram a pedradas. Ninguém se feriu ou foi preso. Horas depois, os agricultores recuaram e deixaram o local.

Procurado hoje pela reportagem, Jaime Amorim não foi encontrado. Segundo o MST estadual, ele participava de uma reunião com lideranças do movimento, em São Paulo. A coordenação estadual informou que só se manifestará sobre o assunto após avaliação do processo pelos advogados dos sem-terra.

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