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01/02/2006
-
16h31
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O deputado cassado Roberto Jefferson reafirmou nesta quarta-feira ter recebido R$ 75 mil de caixa dois por meio de Furnas. Jefferson, que prestou depoimento hoje na sede da Polícia Federal em Brasília, é um dos cerca de 150 políticos que constam de uma lista de supostos beneficiários de repasses irregulares para a campanha de 2002.
Uma cópia do documento foi entregue à Polícia Federal pelo lobista Nilton Monteiro, responsável por revelar a existência do caixa dois do PSDB de Minas Gerais. Constam da lista candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual de diversos Estados e partidos receberam recursos, nas eleições de 2002, por meio de um caixa dois gerenciado a partir de Furnas, que chegaria a R$ 40 milhões.
A cópia da contabilidade tem autenticação em cartório e firma reconhecida para a assinatura de Dimas Toledo, então diretor de Engenharia de Furnas, que consta da quinta folha, logo após o registro de local e data no qual o documento teria sido elaborado: "Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2002".
A PF está investigando a lista e está buscando informações que possam comprovar o recebimento dos recursos.
Ao sair da PF, Jefferson afirmou aos jornalistas que a lista tem "lógica política" e que, na sua opinião, deve ser verdadeira. "Creio que ela é muito próxima da verdade, mas é um juízo meu porque é ela é verdade em relação a mim [aos R$ 75 mil que recebeu]. Em relação aos outros, é como sempre funcionou eleição no Brasil, com caixa dois. É uma lista de caixa dois", afirmou.
"A lista tem lógica política. Quanto mais poderoso o partido, maior a contribuição", acrescentou.
Jefferson disse não estranhar a ausência de nomes de políticos do PT ou de contribuições para campanhas petistas --a lista apontado caciques tucanos como alguns dos beneficiários do repasse irregular. "O Dimas estava lá colocado pelo PSDB. Ele não estava lá para ajudar o PT".
Ele também afirmou que acredita que a lista foi produzida por Dimas e que se fosse advogado do diretor teria sugerido o vazamento da lista. "Para mim, foi o doutor Dimas que colocou a lista para fora para se defender". Segundo ele, poderia ser uma estratégia de defesa ventilar uma relação que contém nomes de políticos importantes na tentativa de dificultar o andamento do processo e diminuir sua culpa.
Mais uma vez, o deputado cassado acusou os partidos de brigarem por cargos em estatais para arrecadar recursos para campanha. "Os homens de partidos são nomeados [para diretorias de estatais] para fazer caixa de campanha de suas legendas."
Segundo ele, quando pediu a substituição de Toledo, metade dos políticos que estão na lista ligou para ele pedindo a permanência do então diretor. Jefferson disse ter recebido, inclusive, o telefonema de um governador.
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Jefferson diz ter recebido R$ 75 mil de Furnas
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Jefferson reafirma que recebeu R$ 75 mil de caixa dois
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da Folha Online, em Brasília
O deputado cassado Roberto Jefferson reafirmou nesta quarta-feira ter recebido R$ 75 mil de caixa dois por meio de Furnas. Jefferson, que prestou depoimento hoje na sede da Polícia Federal em Brasília, é um dos cerca de 150 políticos que constam de uma lista de supostos beneficiários de repasses irregulares para a campanha de 2002.
Uma cópia do documento foi entregue à Polícia Federal pelo lobista Nilton Monteiro, responsável por revelar a existência do caixa dois do PSDB de Minas Gerais. Constam da lista candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual de diversos Estados e partidos receberam recursos, nas eleições de 2002, por meio de um caixa dois gerenciado a partir de Furnas, que chegaria a R$ 40 milhões.
A cópia da contabilidade tem autenticação em cartório e firma reconhecida para a assinatura de Dimas Toledo, então diretor de Engenharia de Furnas, que consta da quinta folha, logo após o registro de local e data no qual o documento teria sido elaborado: "Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2002".
A PF está investigando a lista e está buscando informações que possam comprovar o recebimento dos recursos.
Ao sair da PF, Jefferson afirmou aos jornalistas que a lista tem "lógica política" e que, na sua opinião, deve ser verdadeira. "Creio que ela é muito próxima da verdade, mas é um juízo meu porque é ela é verdade em relação a mim [aos R$ 75 mil que recebeu]. Em relação aos outros, é como sempre funcionou eleição no Brasil, com caixa dois. É uma lista de caixa dois", afirmou.
"A lista tem lógica política. Quanto mais poderoso o partido, maior a contribuição", acrescentou.
Jefferson disse não estranhar a ausência de nomes de políticos do PT ou de contribuições para campanhas petistas --a lista apontado caciques tucanos como alguns dos beneficiários do repasse irregular. "O Dimas estava lá colocado pelo PSDB. Ele não estava lá para ajudar o PT".
Ele também afirmou que acredita que a lista foi produzida por Dimas e que se fosse advogado do diretor teria sugerido o vazamento da lista. "Para mim, foi o doutor Dimas que colocou a lista para fora para se defender". Segundo ele, poderia ser uma estratégia de defesa ventilar uma relação que contém nomes de políticos importantes na tentativa de dificultar o andamento do processo e diminuir sua culpa.
Mais uma vez, o deputado cassado acusou os partidos de brigarem por cargos em estatais para arrecadar recursos para campanha. "Os homens de partidos são nomeados [para diretorias de estatais] para fazer caixa de campanha de suas legendas."
Segundo ele, quando pediu a substituição de Toledo, metade dos políticos que estão na lista ligou para ele pedindo a permanência do então diretor. Jefferson disse ter recebido, inclusive, o telefonema de um governador.
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