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02/02/2006 - 10h47

Sucessão estadual embaralha afinidades ideológicas e políticas

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

A reportagem da Folha Online levantou, junto a integrantes das cúpulas estaduais, os possíveis cenários para as alianças eleitorais dos quatro principais partidos do país (PT, PSDB, PFL e PMDB) em alguns dos principais colégios eleitorais (Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul).

Os cenários, prováveis, mas não definitivos, apontam para alianças acima de afinidades ideológicas, mas guiadas principalmente pela adequação política. Dessa forma, o PSDB, que em nível federal está em campos distintos aos do PDT e, principalmente, do PT, pode fazer alianças com essas legendas em dois Estados da federação.

O PMDB, já avaliado como a "grande incógnita" do sistema político brasileiro, ora se avizinha de petistas ora de tucanos e de pefelistas.

O quadro nacional mostra, no entanto, que a aliança entre PFL e PSDB forjada em São Paulo tende a se repetir, de maneira menos espontânea, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

Bahia

No reduto pefelista, a legenda deve seguir pela reeleição do governador Paulo Souto, e está em articulação com o PMDB. Os pemedebistas baianos, no entanto, somente têm como certo que não devem lançar candidato próprio para a sucessão estadual.

O tempo que a legenda dispõe no horário eleitoral atrai tanto os pefelistas quanto os petistas, que devem lutar pela candidatura do ministro Jaques Wagner, que tem bom relacionamento com o deputado Geddel Viera Lima, presidente do diretório estadual do PMDB. Também não se descarta a viabilidade de uma aliança de oposição do PMDB com o PDT, do prefeito de Salvador João Henrique.

Entre os tucanos, o fim da verticalização pode criar uma situação no mínimo impensável em nível nacional: uma aliança com o PT em torno do ministro Wagner. A aliança entre petistas e tucanos para a sucessão estadual não é inédita e já aconteceu nas eleições de 2002, no Acre.

Minas Gerais

A reeleição do governador Aécio Neves deve ser o alvo dos tucanos mineiros, já que ele praticamente deixou de ser um nome cogitado para a indicação do partido à presidência. No PFL, a tendência é manter a coligação com os tucanos, emplacando um vice, que pode vir tanto da bancada federal quanto estadual da legenda. O PMDB, que deve lançar o nome do ministro Hélio Costa, poderia contar com o apoio dos petistas.

O PT trabalha com a possibilidade de compor com o PMDB no primeiro ou no segundo turno. Segundo o presidente do diretório mineiro, Nilmário Miranda, a sigla debate o nome do ministro Patrus Ananias para uma eventual candidatura própria, mas até o momento não houve inscrições formais para a disputa. "Nessa questão das alianças, a nossa posição é não trazer conflitos com a campanha do Lula", diz Miranda.

Rio de Janeiro

No Estado, o PMDB deve lançar a candidatura do senador Sérgio Cabral, que aparece na liderança das intenções de voto para sucessão estadual. Os tucanos, que pretendem lançar candidatura própria, estão divididos em cinco nomes: o deputado federal Márcio Fortes; o ex-senador Artur da Távola (1995-2003); David Zylbersztajn (ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo); o ex-prefeito de Macaé, Silvio Lopes, e a vereadora Andrea Gouvêa Vieira.

Já os petistas devem apresentar o nome do ex-deputado federal Vladimir Pereira. No PFL, o nome de consenso é do secretário municipal de Obras, Eider Dantas, candidato do prefeito do Rio, Cesar Maia.

São Paulo

O diretório do tradicional reduto tucano debate vários nomes para a sucessão estadual, em que são citados o deputado federal Alberto Goldman, o ex-ministro Paulo Renato, o secretário municipal e também ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira e o vereador e ex-ministro José Aníbal. No PMDB, parece haver consenso em torno do ex-governador Orestes Quércia, líder das intenções de voto nas últimas pesquisas.

No PT, a disputa está entre o senador Aloizio Mercadante e a ex-prefeita Marta Suplicy. O PFL deve repetir a dobradinha tucana das eleições passadas. Em uma eventual candidatura própria, o nome citado para representar os pefelistas seria o do empresário e presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Guilherme Afif Domingos.

Paraná

O governador Roberto Requião é a escolha "natural" dos pemedebistas paranaenses em 2006, que estão em conversas com o PT, o PL e o PTB.

Entre os petistas, o debate ainda envolve os nomes do senador Flávio Arns, do ministro Paulo Bernardo, ou mesmo do presidente de Itaipu Binacional, Jorge Samek.

O PFL se divide em lançar uma candidatura própria, mas não há indicações sobre um nome de consenso. Há quem defenda também uma aliança com o PDT, para apoiar a candidatura do senador Osmar Dias. Esse deve ser o caminho seguido pelos tucanos: no PSDB, onde senador conta com o apoio do seu irmão, o também senador Álvaro Dias.

Rio Grande do Sul

Os petistas devem tentar reaver o Palácio do Piratini com a candidatura do ex-governador Olívio Dutra.

Já o atual governador, Germano Rigotto, que seria o nome de consenso para o PMDB no Estado, está envolvido com o projeto de disputar a indicação da legenda para a Presidência da República.

O PFL cogita uma aliança com o PSDB, que deve lançar o nome da deputada federal Yeda Crusius para a sucessão estadual.

Com Agência Folha

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