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02/02/2006 - 12h15

Relator diz que encerrará na próxima semana caso João Paulo Cunha

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), relator do processo contra João Paulo Cunha (PT-SP) no Conselho de Ética da Câmara, afirmou nesta quinta-feira que encerrará na próxima semana "em qualquer hipótese" o caso.

Schirmer esteve reunido ontem com o presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), em mais uma tentativa de agilizar a remessa de documentos pedidos por ele à comissão para embasar o seu parecer.

O deputado avaliou como muito produtivo o encontro. "Mesmo assim, com ou sem estes documentos, vou encerrar a instrução probatória na terça-feira se tiver reunião do Conselho, já esperei demais. Três meses aguardando é muito tempo."

João Paulo Cunha é acusado de ter sacado dinheiro do chamado "valerioduto".

Depoimento

Hoje, o Conselho de Ética ouve o segunda parte do depoimento do deputado José Mentor (PT-SP), que responde a processo por quebra de decoro.

Mentor foi citado no relatório preliminar das CPIs dos Correios e do Mensalão como beneficiário de recursos das empresas de Marcos Valério Fernandes de Souza.

O relator do processo é o deputado Edmar Moreira (PFL-MG).

Mentor depôs no Conselho no último dia 17, mas a sessão foi suspensa por causa da ordem do dia no plenário da Câmara. Ele disse que não recebeu nenhum tipo de vantagem indevida durante seu mandato.

O deputado reafirmou que seu escritório de advocacia --José Mentor, Pereira Mello e Souza Advogados Associados-- foi contratado em março de 2004 pelo advogado Rogério Tolentino, sócio de Valério na empresa 2S Participações, para elaboração de estudos. Ele lembrou que, na época em que foi identificado o pagamento de R$ 60 mil, já havia sido dada a explicação de que não era um, mas dois pagamentos de R$ 60 mil recebidos por trabalhos profissionais prestados pelo escritório.

O primeiro cheque, segundo Mentor, foi sacado do Banco Itaú, da conta pessoal do advogado Tolentino, entre abril e maio de 2004. O segundo, da 2S Participações, teria sido repassado a ele, em seu escritório, pelo próprio Tolentino. "Esses cheques foram depositados não na minha conta pessoal, mas na conta da pessoa jurídica do escritório", afirmou.

O deputado disse que os pagamentos foram contabilizados e os impostos devidamente recolhidos. Ele afirmou que, somente durante o depoimento de Tolentino à CPI dos Correios, soube que o destinatário final dos serviços prestados pelo seu escritório era a 2S Participações.

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