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02/02/2006
-
17h06
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Durante depoimento nesta quinta-feira ao Conselho de Ética, o deputado José Mentor (PT-SP) afirmou que acertou o contrato com a Tolentino & Mello Associação Empresarial para a sua empresa de advocacia dentro da sede do Diretório Nacional do PT em São Paulo, em março de 2003.
A declaração do deputado comprovou, na opinião do deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP), que o petista aproveitou sua posição como parlamentar para conseguir este contrato.
José Mentor é acusado de ter recebido R$ 120 mil do caixa dois do PT por intermédio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Em sua defesa, Mentor afirmou que a quantia se refere a pagamento por serviços prestados por seu escritório de advocacia a Rogério Tolentino, sócio de Valério na empresa 2S Participações. Segundo Mentor, ele só ficou sabendo que a 2S Participações era a destinatária do serviço de consultoria contratado junto ao seu escritório de advocacia em 2005.
Mentor confirmou que teve várias conversas com Tolentino e Marcos Valério, dentro e fora da sede do Diretório Nacional do PT, mas negou que tenha utilizado seu cargo de parlamentar para atrair contratos. Ele negou também que tenha sido procurado por Tolentino para fazer este trabalho em 2004 porque à época era o relator da CPI do Banestado.
"Eu não me sinto acusado por ter sido relator do Banestado. Não tenho problemas em relação a Isto. Estou respondendo aqui por R$ 120 mil que meu escritório recebeu legalmente e forneceu nota fiscal sobre este serviço", afirmou Mentor. O deputado disse ainda que nunca tratou sobre qualquer assunto referente à CPI do Banestado com o publicitário Marcos Valério.
Mentor disse que a CPI do Banestado teve início em junho de 2003 e foi encerrada em janeiro de 2005. As conversas sobre o contrato para prestação de consultoria para Rogério Tolentino tiveram início em março de 2004 e o contrato foi fechado em abril deste ano. Para os deputados Fantazzini e Cezar Schirmer (PMDB-RS) esta questão temporal comprova que, pelo menos da parte de Marcos Valério, havia o interesse de manter relações financeiras com o relator da CPI do Banestado.
"Ele era o principal operador do Banco Rural e a CPI estava investigando a atuação do Banco Rural no exterior. É lógico que isto não foi uma mera coincidência", avaliou Fantazzini. O relator do caso contra Mentor no Conselho, deputado Edmar Moreira (PFL-MG) confirmou que pretende encerrar o processo na próxima semana.
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da Folha Online, em Brasília
Durante depoimento nesta quinta-feira ao Conselho de Ética, o deputado José Mentor (PT-SP) afirmou que acertou o contrato com a Tolentino & Mello Associação Empresarial para a sua empresa de advocacia dentro da sede do Diretório Nacional do PT em São Paulo, em março de 2003.
A declaração do deputado comprovou, na opinião do deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP), que o petista aproveitou sua posição como parlamentar para conseguir este contrato.
José Mentor é acusado de ter recebido R$ 120 mil do caixa dois do PT por intermédio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Em sua defesa, Mentor afirmou que a quantia se refere a pagamento por serviços prestados por seu escritório de advocacia a Rogério Tolentino, sócio de Valério na empresa 2S Participações. Segundo Mentor, ele só ficou sabendo que a 2S Participações era a destinatária do serviço de consultoria contratado junto ao seu escritório de advocacia em 2005.
Mentor confirmou que teve várias conversas com Tolentino e Marcos Valério, dentro e fora da sede do Diretório Nacional do PT, mas negou que tenha utilizado seu cargo de parlamentar para atrair contratos. Ele negou também que tenha sido procurado por Tolentino para fazer este trabalho em 2004 porque à época era o relator da CPI do Banestado.
"Eu não me sinto acusado por ter sido relator do Banestado. Não tenho problemas em relação a Isto. Estou respondendo aqui por R$ 120 mil que meu escritório recebeu legalmente e forneceu nota fiscal sobre este serviço", afirmou Mentor. O deputado disse ainda que nunca tratou sobre qualquer assunto referente à CPI do Banestado com o publicitário Marcos Valério.
Mentor disse que a CPI do Banestado teve início em junho de 2003 e foi encerrada em janeiro de 2005. As conversas sobre o contrato para prestação de consultoria para Rogério Tolentino tiveram início em março de 2004 e o contrato foi fechado em abril deste ano. Para os deputados Fantazzini e Cezar Schirmer (PMDB-RS) esta questão temporal comprova que, pelo menos da parte de Marcos Valério, havia o interesse de manter relações financeiras com o relator da CPI do Banestado.
"Ele era o principal operador do Banco Rural e a CPI estava investigando a atuação do Banco Rural no exterior. É lógico que isto não foi uma mera coincidência", avaliou Fantazzini. O relator do caso contra Mentor no Conselho, deputado Edmar Moreira (PFL-MG) confirmou que pretende encerrar o processo na próxima semana.
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