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06/02/2006
-
09h00
SILVIO NAVARRO
RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A recuperação dos índices de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem pela Folha-- se deve em parte ao "início antecipado" da campanha de reeleição, segundo apontaram ontem líderes da oposição no Senado e na Câmara.
Como reflexo, a pesquisa poderá acelerar a decisão da oposição na escolha de seu candidato presidencial, dizem os líderes.
De acordo com a pesquisa, 36% dos entrevistados consideram o desempenho de Lula ótimo ou bom, contra 28% em outubro, nível mais baixo registrado durante a crise do "mensalão".
O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), afirmou que Lula colhe os frutos de uma superexposição na mídia.
"Ele [Lula] está em absoluta campanha eleitoral. Está inaugurando até aumento de pátio de estacionamento de aeroporto", disse o senador.
Bornhausen disse que Lula se beneficiou também da suspensão dos ataques diretos contra ele entre dezembro e janeiro, "quando todas as forças críticas se voltaram contra o Congresso".
Para o senador, os resultados da pesquisa servem também como "alerta" para a oposição. A pesquisa deverá acelerar uma decisão sobre as candidaturas do PSDB e do PFL à Presidência.
O líder da oposição na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), também vê os resultados do Datafolha como reflexo da entrada de Lula na corrida pela reeleição. "Acho que [os números] vão cair depois. O presidente é como um nadador que está nadando sozinho e chega em segundo lugar", disse Aleluia, referindo-se aos números que apontam vitória de José Serra (PSDB) num eventual segundo turno contra Lula.
O senador Álvaro Dias (PSDB), integrante da CPI dos Correios, também apontou a "campanha antecipada" de Lula como possível explicação para a recuperação de seus índices de aprovação.
"O presidente ocupa com muita constância os meios de comunicação, ele está [neles] diariamente, em plena campanha eleitoral."
O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara, recebeu com cautela os resultados. "O governo está com o mesmo índice de avaliação do momento pré-crise. Mas no pré-crise, o Lula ganhava de qualquer um, pelo menos era isso que se dizia. Então há um elemento [novo] aí", disse, referindo-se aos números que apontam vitória de Serra no segundo turno.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Para líderes da oposição, campanha antecipada ajudou Lula a crescer
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RUBENS VALENTE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A recuperação dos índices de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem pela Folha-- se deve em parte ao "início antecipado" da campanha de reeleição, segundo apontaram ontem líderes da oposição no Senado e na Câmara.
Como reflexo, a pesquisa poderá acelerar a decisão da oposição na escolha de seu candidato presidencial, dizem os líderes.
De acordo com a pesquisa, 36% dos entrevistados consideram o desempenho de Lula ótimo ou bom, contra 28% em outubro, nível mais baixo registrado durante a crise do "mensalão".
O presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), afirmou que Lula colhe os frutos de uma superexposição na mídia.
"Ele [Lula] está em absoluta campanha eleitoral. Está inaugurando até aumento de pátio de estacionamento de aeroporto", disse o senador.
Bornhausen disse que Lula se beneficiou também da suspensão dos ataques diretos contra ele entre dezembro e janeiro, "quando todas as forças críticas se voltaram contra o Congresso".
Para o senador, os resultados da pesquisa servem também como "alerta" para a oposição. A pesquisa deverá acelerar uma decisão sobre as candidaturas do PSDB e do PFL à Presidência.
O líder da oposição na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), também vê os resultados do Datafolha como reflexo da entrada de Lula na corrida pela reeleição. "Acho que [os números] vão cair depois. O presidente é como um nadador que está nadando sozinho e chega em segundo lugar", disse Aleluia, referindo-se aos números que apontam vitória de José Serra (PSDB) num eventual segundo turno contra Lula.
O senador Álvaro Dias (PSDB), integrante da CPI dos Correios, também apontou a "campanha antecipada" de Lula como possível explicação para a recuperação de seus índices de aprovação.
"O presidente ocupa com muita constância os meios de comunicação, ele está [neles] diariamente, em plena campanha eleitoral."
O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara, recebeu com cautela os resultados. "O governo está com o mesmo índice de avaliação do momento pré-crise. Mas no pré-crise, o Lula ganhava de qualquer um, pelo menos era isso que se dizia. Então há um elemento [novo] aí", disse, referindo-se aos números que apontam vitória de Serra no segundo turno.
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