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09/02/2006
-
09h23
CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou ontem a intenção de disputar, no voto, a preferência do PSDB para a escolha do candidato à Presidência.
Num almoço com os governadores de Minas, Aécio Neves, e de Goiás, Marconi Perillo, Alckmin disse que levaria o nome ao Diretório Nacional. O tucano justificou a manifestação não como afronta mas como uma tentativa de pressionar o prefeito de São Paulo, José Serra, a expor sua decisão, por duvidar que ele concorra caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantenha a trajetória de crescimento nas pesquisas.
Pouco antes do almoço, Aécio afirmou que a chance de vitória estará acima da vontade pessoal na hora da decisão.
No almoço, Alckmin disse que aceitará os critérios fixados pelo partido para escolha da candidatura. E até admitiu que avalia a hipótese de concorrer ao Senado se preterido. Ele deixa claro, porém, que, nesse caso, tende a ficar no governo para investir na eleição do sucessor.
À mesa, Alckmin teria alegado que só não reconhece publicamente a possibilidade de permanecer no cargo porque poderia ser interpretado como uma desistência. Além disso, ele insiste que será o candidato tucano.
Pela manhã, dizendo-se "candidatíssimo", Alckmin se recusou a comentar a idéia de desistir em favor de Serra, caso o prefeito se declare candidato. E falou abertamente em disputa.
"Não vou analisar hipóteses. Sou candidato. Se tiver mais de um, nenhum problema. O partido estabelece a regra da disputa. Estou preparado para a disputa em qualquer âmbito em que ela seja colocada", avisou.
Lembrando que já foram a campo pesquisas encomendadas pelo partido --inclusive "sobre o custo da renúncia de Serra"-- Aécio afirmou, porém, que a viabilidade pesa mais que a vontade.
"Ganhar a eleição deve vir antes da disposição de ser candidato. É bom que ambos queiram. Mas, antes disso, é importante que saibamos quem vence as eleições", afirmou, negando que essa seja uma declaração pró-Serra.
Aécio rechaça a hipótese da prévia e trata o dilema como uma "doce dúvida". "O PT ou é Lula ou é nada. Se o Lula tem uma indigestão e não pode concorrer, o PT acaba de acabar", ironizou.
Na conversa, Alckmin cobrou uma decisão mais rápida para que o partido possa se dedicar à campanha. Ele disse que viajará pelo país em busca de apoio. Neste fim de semana, irá para o Rio de Janeiro e o Ceará, terra do presidente do PSDB, Tasso Jereissati.
Ratinho
Ontem, Alckmin reafirmou, no "Programa do Ratinho", do SBT, a decisão de sair do governo no dia 31 de março. Descrevendo-se como um "amassador de barro", ele apresentou o bilhete único --realizado em parceria com a prefeitura-- como uma de suas obras. O apresentador Carlos Massa frisou que o alargamento da calha do Tietê é uma ação do Estado, não da prefeitura. Confrontado, Alckmin negou qualquer rusga com Serra, a quem chamou de "companheiro".
"O time dele fala mal do senhor barbaridade", sussurrou o apresentador. "Ratinho, até março isso está resolvido. Quero trabalhar pelo Brasil", reagiu Alckmin. Pela previsão, o programa deu média de 7 pontos no Ibope, com pico de 9. Os cerca de dez minutos de entrevista, de 17h40 a 17h50, deram média de 6 e pico de 8.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Alckmin pressiona por definição de Serra
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da Folha de S.Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou ontem a intenção de disputar, no voto, a preferência do PSDB para a escolha do candidato à Presidência.
Num almoço com os governadores de Minas, Aécio Neves, e de Goiás, Marconi Perillo, Alckmin disse que levaria o nome ao Diretório Nacional. O tucano justificou a manifestação não como afronta mas como uma tentativa de pressionar o prefeito de São Paulo, José Serra, a expor sua decisão, por duvidar que ele concorra caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantenha a trajetória de crescimento nas pesquisas.
Pouco antes do almoço, Aécio afirmou que a chance de vitória estará acima da vontade pessoal na hora da decisão.
No almoço, Alckmin disse que aceitará os critérios fixados pelo partido para escolha da candidatura. E até admitiu que avalia a hipótese de concorrer ao Senado se preterido. Ele deixa claro, porém, que, nesse caso, tende a ficar no governo para investir na eleição do sucessor.
À mesa, Alckmin teria alegado que só não reconhece publicamente a possibilidade de permanecer no cargo porque poderia ser interpretado como uma desistência. Além disso, ele insiste que será o candidato tucano.
Pela manhã, dizendo-se "candidatíssimo", Alckmin se recusou a comentar a idéia de desistir em favor de Serra, caso o prefeito se declare candidato. E falou abertamente em disputa.
"Não vou analisar hipóteses. Sou candidato. Se tiver mais de um, nenhum problema. O partido estabelece a regra da disputa. Estou preparado para a disputa em qualquer âmbito em que ela seja colocada", avisou.
Lembrando que já foram a campo pesquisas encomendadas pelo partido --inclusive "sobre o custo da renúncia de Serra"-- Aécio afirmou, porém, que a viabilidade pesa mais que a vontade.
"Ganhar a eleição deve vir antes da disposição de ser candidato. É bom que ambos queiram. Mas, antes disso, é importante que saibamos quem vence as eleições", afirmou, negando que essa seja uma declaração pró-Serra.
Aécio rechaça a hipótese da prévia e trata o dilema como uma "doce dúvida". "O PT ou é Lula ou é nada. Se o Lula tem uma indigestão e não pode concorrer, o PT acaba de acabar", ironizou.
Na conversa, Alckmin cobrou uma decisão mais rápida para que o partido possa se dedicar à campanha. Ele disse que viajará pelo país em busca de apoio. Neste fim de semana, irá para o Rio de Janeiro e o Ceará, terra do presidente do PSDB, Tasso Jereissati.
Ratinho
Ontem, Alckmin reafirmou, no "Programa do Ratinho", do SBT, a decisão de sair do governo no dia 31 de março. Descrevendo-se como um "amassador de barro", ele apresentou o bilhete único --realizado em parceria com a prefeitura-- como uma de suas obras. O apresentador Carlos Massa frisou que o alargamento da calha do Tietê é uma ação do Estado, não da prefeitura. Confrontado, Alckmin negou qualquer rusga com Serra, a quem chamou de "companheiro".
"O time dele fala mal do senhor barbaridade", sussurrou o apresentador. "Ratinho, até março isso está resolvido. Quero trabalhar pelo Brasil", reagiu Alckmin. Pela previsão, o programa deu média de 7 pontos no Ibope, com pico de 9. Os cerca de dez minutos de entrevista, de 17h40 a 17h50, deram média de 6 e pico de 8.
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