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09/02/2006 - 13h36

Oposição ameaça, governo reponde, mas CPI vota apenas cinco requerimentos

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

As disputas políticas na sessão da CPI dos Correios ficaram apenas nos discursos, não chegaram à votação dos requerimentos como ameaçavam governistas e oposicionistas.

Os integrantes da CPI aprovaram, dentre os requerimentos polêmicos, apenas a convocação do publicitário Duda Mendonça, de seus sócios Zilmar Fernandes e Armando Correia Ribeiro e do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, apontado como responsável pela suposta lista de caixa dois da estatal na campanha de 2002, documento que inclui nomes de tucanos, de pefelistas, de ministros do governo Lula e de outros políticos. Além desses, apenas mais cinco requerimentos foram aprovados para convocação de depoentes para sub-relatorias.

Ainda não há data definida para os depoimentos. Duda deve depor somente depois que a CPI analisar os documentos que estão em posse do governo americano que tratam das contas do publicitário. Dimas Toledo, por sua vez, deveria depor na próxima semana. Porém, os petistas querem que o lobista mineiro Nilton Monteiro deponha antes de Toledo. O lobista diz ter provas de que a lista é verdadeira. O ex-diretor de Furnas, ao contrário, nega publicamente a veracidade do documento.

Brigas

A oposição ameaçava votar o requerimento de convocação do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça). Queriam dele uma declaração oficial sobre a veracidade da suposta lista, em investigação pela Polícia Federal.

Para isso, a oposição recrutou parlamentares que pouco comparecem às sessões da CPI. Os líderes do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), e da Câmara, Alberto Goldman (SP), e o líder do PFL, senador José Agripino (PFL-RN), orquestraram o discurso em favor da convocação.

Os governistas levaram o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), e o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), na tentativa de dirimir as intenções dos oposicionistas ou barrar a votação.

Os petistas, em especial a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) e os deputados Maurício Rands (PT-PE) e Carlos Abicalil (PT-MT), davam o troco ao defender a convocação de Nilton Monteiro, que promete complicar a vida dos políticos que constam da lista, inclusive integrantes da CPI.

Depois de uma hora e meia de discussão, os integrantes da CPI desistiram de votar os requerimentos polêmicos, dentre eles do ministro da Justiça, do ex-dono do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, e do ex-assessor da Casa Civil Marcelo Sereno. A comissão volta a discutir esses assuntos na próxima terça-feira.

No entanto, o líder do PFL avisou que, caso o ministro não se manifeste, o partido buscará um outro caminho para convocá-lo, possivelmente a CPI dos Bingos, onde a oposição é maioria. "Se essa manifestação urgente não acontecer, buscaremos o foro próprio em que tenhamos maioria para trazer o ministro", afirmou Agripino.

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