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09/02/2006
-
18h41
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O deputado Pedro Henry (PP-MT) foi inocentado nesta quinta-feira pelos integrantes do Conselho de Ética da Câmara da acusação de que teria participado da negociação de apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva em troca de recursos para a legenda. Agora, o processo segue para o plenário da Câmara onde o resultado pode ser diferenciado.
"Resgato neste momento minha honra e minha dignidade. Não houve uma prova documental ou testemunhal que pudesse prejudicar minha inocência", disse Henry, ao final da sessão.
Esta é a primeira vez que os membros do Conselho vão contra o voto do relator --o deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP) havia pedido a cassação do mandato de Henry.
Dos 15 integrantes do Conselho, nove consideraram não haver provas suficientes contra o deputado. Outros cinco disseram que, por ser líder do partido à época em que o PP negociou o recebimento de pelo menos R$ 700 mil das contas do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, Henry sabia do esquema.
Fantazzini recomendou a cassação do mandato do deputado sob justamente sob essa alegação. Para ele, há razões suficientes para considerar que o deputado participou da negociação por recursos em troca de apoio com o PT.
"O fato de o representado não haver sido consultado pelo senhor [João Cláudio] Genu [chefe-de-gabinete da liderança do PP] para ir buscar dinheiro no Banco Rural não o isenta da responsabilidade pelos graves ilícitos aqui apurados. Pois, sua participação está bastante comprovada e, mais do que isso, como líder da bancada, sua atuação fora por demais relevante na negociação e no cumprimento do acordo [de campanha com o PT]. Seria absurdo atribuir ao líder participação apenas secundária, relegada aos coadjuvantes", disse o relator em seu voto.
Após o resultado, Fantazzini afirmou que o PSDB, o PFL, o PP e o PT estariam costurando um acordo para livrar parlamentares.
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"Resgato neste momento minha honra e minha dignidade. Não houve uma prova documental ou testemunhal que pudesse prejudicar minha inocência", disse Henry, ao final da sessão.
Esta é a primeira vez que os membros do Conselho vão contra o voto do relator --o deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP) havia pedido a cassação do mandato de Henry.
Dos 15 integrantes do Conselho, nove consideraram não haver provas suficientes contra o deputado. Outros cinco disseram que, por ser líder do partido à época em que o PP negociou o recebimento de pelo menos R$ 700 mil das contas do empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, Henry sabia do esquema.
Fantazzini recomendou a cassação do mandato do deputado sob justamente sob essa alegação. Para ele, há razões suficientes para considerar que o deputado participou da negociação por recursos em troca de apoio com o PT.
"O fato de o representado não haver sido consultado pelo senhor [João Cláudio] Genu [chefe-de-gabinete da liderança do PP] para ir buscar dinheiro no Banco Rural não o isenta da responsabilidade pelos graves ilícitos aqui apurados. Pois, sua participação está bastante comprovada e, mais do que isso, como líder da bancada, sua atuação fora por demais relevante na negociação e no cumprimento do acordo [de campanha com o PT]. Seria absurdo atribuir ao líder participação apenas secundária, relegada aos coadjuvantes", disse o relator em seu voto.
Após o resultado, Fantazzini afirmou que o PSDB, o PFL, o PP e o PT estariam costurando um acordo para livrar parlamentares.
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