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17/02/2006
-
15h05
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O adiamento da promulgação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com a verticalização das coligações partidárias colocou nesta semana um novo tempero na disputa pela indicação do nome do PMDB à vaga de candidato do partido à sucessão presidencial.
Segundo o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), o seu partido está dividido hoje em três facções: uma ala do partido apóia a candidatura Anthony Garotinho, outra ala apóia a candidatura Germano Rigotto e um terceiro setor defende o apoio à candidatura petista para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Estamos divididos, mas eu não acredito que o PMDB venha desistir da candidatura própria se a verticalização não cair. As prévias ocorrem no dia 19 de março. Não é mais possível voltar atrás", disse o deputado cearense.
O fim da verticalização, que é a norma que determina que as alianças regionais devem seguir a aliança estabelecida pelo diretório nacional de cada partido, dá força para a tese da candidatura própria. Vários caciques peemedebistas, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente da República senador José Sarney (AP), já deixaram claro que são contra as prévias e contra uma candidatura própria.
A decisão de Calheiros de esperar por uma resposta da Justiça, antes de promulgar a PEC da verticalização, prejudica a ala governista do partido. O fim desta regra lhes permitiria garantir em seus Estados o palanque para os candidatos por eles apoiados sem correr o risco de infringir a legislação eleitoral e entrar em conflito direto com a direção partidária que defende a candidatura própria.
O PMDB historicamente sai dividido nas eleições presidenciais e por duas vezes (nas eleições de 1989, com Ulisses Guimarães, e em 1995, com Orestes Quércia) uma grande parte do partido deixou de apoiar seu próprio candidato e aliou forças com outras legendas.
Nas últimas eleições à presidência, boa parte dos peemedebistas deixou de apoiar a candidatura do tucano José Serra, que tinha como candidata a vice em sua chapa a ex-deputada peemedebista Rita Camata (ES), para apoiar a candidatura de Lula.
"O PMDB de Alagoas só apoiará o candidato do partido se ele mostrar viabilidade eleitoral", afirmou Renan Calheiros, que é o presidente do partido no Estado.
No Sul do país o apoio é integral à candidatura própria. Na região Sudeste esta tese também é majoritária. Um dos principais problemas do PMDB está no Nordeste. De acordo com dados do partido, dos nove Estados nordestinos, seis apóiam uma coligação e apenas três dão apoio à candidatura própria.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a verticalização
Leia o que já foi publicado sobre as eleições 2006
Manutenção da verticalização prejudica ala governista do PMDB
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da Folha Online, em Brasília
O adiamento da promulgação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que acaba com a verticalização das coligações partidárias colocou nesta semana um novo tempero na disputa pela indicação do nome do PMDB à vaga de candidato do partido à sucessão presidencial.
Segundo o deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), o seu partido está dividido hoje em três facções: uma ala do partido apóia a candidatura Anthony Garotinho, outra ala apóia a candidatura Germano Rigotto e um terceiro setor defende o apoio à candidatura petista para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Estamos divididos, mas eu não acredito que o PMDB venha desistir da candidatura própria se a verticalização não cair. As prévias ocorrem no dia 19 de março. Não é mais possível voltar atrás", disse o deputado cearense.
O fim da verticalização, que é a norma que determina que as alianças regionais devem seguir a aliança estabelecida pelo diretório nacional de cada partido, dá força para a tese da candidatura própria. Vários caciques peemedebistas, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL) e o ex-presidente da República senador José Sarney (AP), já deixaram claro que são contra as prévias e contra uma candidatura própria.
A decisão de Calheiros de esperar por uma resposta da Justiça, antes de promulgar a PEC da verticalização, prejudica a ala governista do partido. O fim desta regra lhes permitiria garantir em seus Estados o palanque para os candidatos por eles apoiados sem correr o risco de infringir a legislação eleitoral e entrar em conflito direto com a direção partidária que defende a candidatura própria.
O PMDB historicamente sai dividido nas eleições presidenciais e por duas vezes (nas eleições de 1989, com Ulisses Guimarães, e em 1995, com Orestes Quércia) uma grande parte do partido deixou de apoiar seu próprio candidato e aliou forças com outras legendas.
Nas últimas eleições à presidência, boa parte dos peemedebistas deixou de apoiar a candidatura do tucano José Serra, que tinha como candidata a vice em sua chapa a ex-deputada peemedebista Rita Camata (ES), para apoiar a candidatura de Lula.
"O PMDB de Alagoas só apoiará o candidato do partido se ele mostrar viabilidade eleitoral", afirmou Renan Calheiros, que é o presidente do partido no Estado.
No Sul do país o apoio é integral à candidatura própria. Na região Sudeste esta tese também é majoritária. Um dos principais problemas do PMDB está no Nordeste. De acordo com dados do partido, dos nove Estados nordestinos, seis apóiam uma coligação e apenas três dão apoio à candidatura própria.
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