Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/02/2006 - 10h08

CPI vê aplicações suspeitas no Rural e no BMG

Publicidade

da Folha de S.Paulo, em Brasília

O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) pretende apresentar nesta semana, provavelmente amanhã, um estudo mostrando os investimentos feitos nos bancos BMG e Rural pelos fundos de pensão investigados na CPI dos Correios.

Segundo o deputado, responsável pela sub-relatoria de Fundos de Pensão da CPI, o levantamento aponta uma "concentração demasiada" de investimentos no ano de 2004. Os dois bancos estão entre as instituições investigadas por parlamentares e acusadas de envolvimento no "valerioduto".

"Aparentemente houve um direcionamento dos fundos para os bancos Rural e BMG", afirmou ontem ACM Neto. Representantes dos fundos têm dito à CPI que não houve direcionamento para beneficiar instituições.

O deputado disse ainda que pretende ouvir hoje o doleiro e operador de mercado Lúcio Bolonha Funaro, ligado a empresas e corretoras suspeitas de desvio de recursos de fundos de pensão e de lavagem de dinheiro. Até a última sexta-feira, a Polícia Federal não havia localizado Funaro para notificá-lo do depoimento.

ACM Neto quer entregar até o próximo dia 13 as principais conclusões da investigação relacionadas aos fundos de pensão ao relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que pretende apresentar o relatório final entre os dias 15 e 20 de março.

Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), a CPI está entrando em um "momento sensível". "Temos que evitar que a CPI seja desacreditada. A proposta é fazer um relatório com consistência."

Telefonemas

Enquanto a CPI dos Correios entra na reta final para apresentação do relatório, a dos Bingos vem trabalhando com os dados de quebras de sigilo telefônico de assessores próximos ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Reportagem publicada ontem no jornal "Correio Braziliense" mostra que Ademirson Ariovaldo da Silva, assessor do ministro, recebeu entre outubro de 2003 e março de 2004 cerca de 70 ligações telefônicas de Marcelo Franzine, ex-diretor da Leão Leão. A empresa teria pago, entre 2001 e 2002, propina à Prefeitura de Ribeirão Preto (SP), ainda na administração Palocci. O dinheiro seria para caixa dois do PT.

As ligações, segundo o levantamento, foram feitas para um celular em nome da Presidência da República que fica com Silva.

Além disso, o assessor recebeu ligações do empresário Roberto Colnaghi, entre 2003 e abril de 2004, de acordo a CPI dos Correios. Colnaghi é dono do avião em que o ministro da Fazenda viajou de Brasília a Ribeirão Preto em 2003 e o mesmo usado no transporte de caixas de uísque em 2002, que conteriam dólares de Cuba para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Outro que aparece na listagem de ligações é o empresário Carlos Eduardo Valente, ligado ao banco Prosper.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Correios
  • Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página