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21/02/2006
-
10h00
ANDRÉA MICHAEL
da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal obteve, com autorização da Justiça Federal do Rio, a quebra dos sigilos fiscal e telefônico do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo. Na análise dos dados, os investigadores buscam verificar se existem vínculos entre o executivo e empresas que mantêm contratos com a estatal.
Ainda em fase inicial nesta linha de investigação, a PF pretende esperar a CGU (Controladoria Geral da União) concluir auditoria nos contratos. Como resultado desse trabalho, é possível que surjam indícios de irregularidades.
Nas informações fiscais e telefônicas de Toledo, a PF também procura eventuais vínculos entre ele e um conjunto de empresas apontadas como participantes de um esquema de arrecadação de um caixa dois de R$ 40 milhões na estatal destinado a 156 políticos.
O suposto esquema está descrito em uma lista, de autenticidade não comprovada, que o lobista Nilton Monteiro entregou à PF. Monteiro diz que o autor da lista é Toledo. Ele nega.
Conforme a lista, o dinheiro teria sido conseguido "por intermédio de Furnas, entre colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços, construtoras, bancos, fundos de pensão, corretoras de valores e seguradoras".
Em um de seus depoimentos, Monteiro, ao descrever o suposto esquema, afirma que Toledo teria exigido que a empreiteira JP contratasse uma empresa de consultoria, por R$ 700 mil, para poder firmar contratos com Furnas. Diante da acusação, a PF realizou busca e apreensão de documentos na JP. O material colhido já está em análise.
A lista entregue à PF é uma cópia colorida do documento original, com firma de Toledo reconhecida e autenticação de ofício público em suas cinco páginas.
Por diversas vezes, o lobista prometeu entregar o documento original aos policiais. Mas nunca cumpriu a promessa, apesar de já ter dito por meio da imprensa que o faria. Monteiro também deu falsas pistas sobre o paradeiro do original. Ainda assim, ele continua a ser fonte importante da investigação, pois várias das informações que apresentou se confirmaram posteriormente, como o uso de caixa dois na campanha tucana para o governo estadual de Minas em 1998.
Depois de prestar depoimento à PF no início deste mês, Toledo teve amostras de sua assinatura recolhidas. O objetivo é, em uma análise pericial, confrontar a grafia de Toledo com as firmas reconhecidas que constam da suposta lista de caixa dois.
A PF também investiga ligações entre os filhos de Toledo e a estatal. Segundo a investigação, os familiares do ex-diretor mantêm contratos com Furnas.
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Justiça autoriza quebra de sigilo de ex-diretor de Furnas
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da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal obteve, com autorização da Justiça Federal do Rio, a quebra dos sigilos fiscal e telefônico do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo. Na análise dos dados, os investigadores buscam verificar se existem vínculos entre o executivo e empresas que mantêm contratos com a estatal.
Ainda em fase inicial nesta linha de investigação, a PF pretende esperar a CGU (Controladoria Geral da União) concluir auditoria nos contratos. Como resultado desse trabalho, é possível que surjam indícios de irregularidades.
Nas informações fiscais e telefônicas de Toledo, a PF também procura eventuais vínculos entre ele e um conjunto de empresas apontadas como participantes de um esquema de arrecadação de um caixa dois de R$ 40 milhões na estatal destinado a 156 políticos.
O suposto esquema está descrito em uma lista, de autenticidade não comprovada, que o lobista Nilton Monteiro entregou à PF. Monteiro diz que o autor da lista é Toledo. Ele nega.
Conforme a lista, o dinheiro teria sido conseguido "por intermédio de Furnas, entre colaboradores, fornecedores, prestadores de serviços, construtoras, bancos, fundos de pensão, corretoras de valores e seguradoras".
Em um de seus depoimentos, Monteiro, ao descrever o suposto esquema, afirma que Toledo teria exigido que a empreiteira JP contratasse uma empresa de consultoria, por R$ 700 mil, para poder firmar contratos com Furnas. Diante da acusação, a PF realizou busca e apreensão de documentos na JP. O material colhido já está em análise.
A lista entregue à PF é uma cópia colorida do documento original, com firma de Toledo reconhecida e autenticação de ofício público em suas cinco páginas.
Por diversas vezes, o lobista prometeu entregar o documento original aos policiais. Mas nunca cumpriu a promessa, apesar de já ter dito por meio da imprensa que o faria. Monteiro também deu falsas pistas sobre o paradeiro do original. Ainda assim, ele continua a ser fonte importante da investigação, pois várias das informações que apresentou se confirmaram posteriormente, como o uso de caixa dois na campanha tucana para o governo estadual de Minas em 1998.
Depois de prestar depoimento à PF no início deste mês, Toledo teve amostras de sua assinatura recolhidas. O objetivo é, em uma análise pericial, confrontar a grafia de Toledo com as firmas reconhecidas que constam da suposta lista de caixa dois.
A PF também investiga ligações entre os filhos de Toledo e a estatal. Segundo a investigação, os familiares do ex-diretor mantêm contratos com Furnas.
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