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22/02/2006
-
10h15
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Mesmo antes de conhecer o resultado da pesquisa Datafolha, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tentou minimizar o efeito das sondagens eleitorais na escolha de candidatos à presidência da República.
No jantar com 47 dos 54 integrantes da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, à base de churrasco de cordeiro, Alckmin disse que os efeitos das pesquisas a oito meses das eleições são diminutos.
"É necessário a gente não se precipitar com essa questão de pesquisa eleitoral. Pesquisa eleitoral a 10 meses das eleições [na realidade faltam oito meses], quando ninguém está superligado na questão [das eleições], não tem reflexo", disse.
Alckmin citou aos parlamentares seu exemplo ao governo de São Paulo. Nas pesquisas, de acordo com ele, apenas 8% dos eleitores diziam que o apoiariam nas eleições. Enquanto isso, Paulo Maluf tinha 43% das intenções de voto.
Ao final, Alckmin venceu a disputa e Maluf não chegou ao segundo turno. "A eleição começa quando muda o horário da novela [com o início da propaganda política]", declarou. "O processo eleitoral é extremamente dinâmico e vai se iniciar quando começarem as propagandas de televisão e rádio", acrescentou.
Candidatura
Aos integrantes da bancada, Alckmin reafirmou que continua trabalhando para se tornar o candidato da legenda à presidência mesmo depois de ouvir da cúpula do partido apelos para que a disputa interna não se agravasse.
No entanto, deu sinais de que, caso seja preterido, apoiará o seu adversário no PSDB, o prefeito de São Paulo, José Serra.
Deputados presentes na reunião disseram, inclusive, que pesa a favor do governador de São Paulo a subida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião. De acordo com partidários de Serra, o governador teria chances de ficar com a vaga de candidato caso o prefeito avaliasse a possibilidade de derrota para Lula.
Alckmin não teria nada a perder, pois não pode se reeleger ao governo de São Paulo; Serra abandonaria a prefeitura e descumpriria a promessa de concluir seu mandato de prefeito.
Especial
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Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Alckmin tenta minimizar resultado de pesquisas eleitorais
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da Folha Online, em Brasília
Mesmo antes de conhecer o resultado da pesquisa Datafolha, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tentou minimizar o efeito das sondagens eleitorais na escolha de candidatos à presidência da República.
No jantar com 47 dos 54 integrantes da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, à base de churrasco de cordeiro, Alckmin disse que os efeitos das pesquisas a oito meses das eleições são diminutos.
"É necessário a gente não se precipitar com essa questão de pesquisa eleitoral. Pesquisa eleitoral a 10 meses das eleições [na realidade faltam oito meses], quando ninguém está superligado na questão [das eleições], não tem reflexo", disse.
Alckmin citou aos parlamentares seu exemplo ao governo de São Paulo. Nas pesquisas, de acordo com ele, apenas 8% dos eleitores diziam que o apoiariam nas eleições. Enquanto isso, Paulo Maluf tinha 43% das intenções de voto.
Ao final, Alckmin venceu a disputa e Maluf não chegou ao segundo turno. "A eleição começa quando muda o horário da novela [com o início da propaganda política]", declarou. "O processo eleitoral é extremamente dinâmico e vai se iniciar quando começarem as propagandas de televisão e rádio", acrescentou.
Candidatura
Aos integrantes da bancada, Alckmin reafirmou que continua trabalhando para se tornar o candidato da legenda à presidência mesmo depois de ouvir da cúpula do partido apelos para que a disputa interna não se agravasse.
No entanto, deu sinais de que, caso seja preterido, apoiará o seu adversário no PSDB, o prefeito de São Paulo, José Serra.
Deputados presentes na reunião disseram, inclusive, que pesa a favor do governador de São Paulo a subida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião. De acordo com partidários de Serra, o governador teria chances de ficar com a vaga de candidato caso o prefeito avaliasse a possibilidade de derrota para Lula.
Alckmin não teria nada a perder, pois não pode se reeleger ao governo de São Paulo; Serra abandonaria a prefeitura e descumpriria a promessa de concluir seu mandato de prefeito.
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