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22/02/2006 - 18h34

Aldo diz que é contra o fim da reeleição

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

A possibilidade do fim da reeleição para os ocupantes de cargos no Executivo voltou a ganhar espaço no Congresso nesta semana, após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter defendido esta proposta ontem. Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), fez o contraponto a Calheiros e criticou a idéia. Para Aldo, ainda é cedo para saber se será bom para o país o fim da reeleição.

Segundo Aldo, "anunciar uma predisposição" de se acabar com a reeleição é uma "demonstração de imaturidade das forças políticas e democráticas do país". O presidente da Câmara defende que o Brasil dê mais oportunidade para que a reeleição seja testada em outros pleitos. Até o momento somente o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pôde disputar a reeleição para o cargo máximo do Executivo.

"É preciso ter cuidado com essa alteração constitucional, porque levamos cem anos para adotar o instituto da reeleição. Acho precipitado que, em apenas uma década, já tenhamos concluído que ele não é apropriado", disse Aldo.

Também nesta quarta-feira, o presidente nacional do PMDB comentou a possibilidade do fim da reeleição e disse ver com simpatia a proposta. Segundo o deputado Michel Temer (PMDB-SP), o ideal seria a instituição de um mandato mais longo para o presidente da República, de "cinco ou seis anos, o que não trará prejuízos para o país". Temer disse, no entanto, não acreditar que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) seja votada ainda neste ano, como defendeu Calheiros.

Em entrevista ontem, Calheiros admitiu a possibilidade de colocar em votação o fim da reeleição. "Se houver consenso, vamos colocar [em votação]. Essa matéria é polêmica, que já dividiu muito. Mas eu sou contra a reeleição, eu acho que nós não tivemos em relação a isso um bom aprendizado. Se depender de mim, acabaremos com a reeleição para os próximos candidatos."

Em vez da reeleição, Calheiros defende a prorrogação do mandato presidencial dos atuais quatro anos para cinco anos para que se tenha coincidência de calendário eleitoral. "Concordo. Concordo com a coincidência das eleições. Eleições de dois em dois anos educa. Mas se nós não definirmos claramente as regras de financiamento, acabaremos colaborando para repetir essas coisas absurdas que aconteceram e estamos investigando."

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