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06/03/2006
-
10h50
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", que a redução dos subsídios agrícolas será um dos assuntos prioritários no encontro que terá com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, no Reino Unido.
Lula embarca hoje para o país, em sua primeira visita de Estado. Ele vai permanecer no Reino Unido por quatro dias a convite da rainha Elizabeth 2ª.
O presidente disse que já tem mantido conversas com Tony Blair para tratar dos subsídios agrícolas. "Falei com ele agora na África do Sul que nós precisamos fazer com que a União Européia, representando uma parte dos países ricos, flexibilize nas negociações para que a gente possa diminuir os subsídios agrícolas para favorecer os países mais pobres. Se nós não fizermos isso, estamos dizendo aos países mais pobres que eles vão continuar mais pobres daqui a 30 anos", disse.
Segundo Lula, além de tratar da redução dos subsídios agrícolas, a conversa com Tony Blair deve abranger a questão do combustível renovável. "Acho que a Inglaterra pode fazer uma parceria muito importante com o Brasil. Por isso, eu estou muito ansioso com essa minha viagem", disse.
Outro tema importante no encontro de Lula com Blair será a atual rodada de negociações da OMC (Organização Mundial de Comércio) --a chamada Rodada Doha. Lula também se encontrará com a rainha e participará de reuniões com empresários, com o setor financeiro e com prefeitos.
Palafitas
O presidente Lula afirmou ainda que uma das prioridades do Fundo Nacional de Habitação Social, que este ano conta com R$ 1 bilhão em recursos, será a melhoria das condições de vida de pessoas que moram em palafitas.
"Vamos cuidar prioritariamente de resolver o problema dessas pessoas e também urbanizar favelas, urbanizar setores que ainda não têm esgoto, que ainda não têm tratamento de água", disse.
O presidente considerou a aprovação do fundo, que é resultado do primeiro projeto de iniciativa popular apresentado no Congresso Nacional e que tramitou na Casa por 13 anos, uma conquista da sociedade. "Uma conquista do movimento social que finalmente viu o governo dar atenção a um pleito que se arrastava por anos neste país."
Lula ressaltou que, para este ano, a Caixa Econômica Federal conta com R$ 18,7 bilhões de recursos para financiamento de casas. "Todo brasileiro sonha em ter uma casa própria. A casa própria é mais ou menos como se fosse um passarinho quando constrói o seu ninho. Ele quer tranqüilidade para criar os seus filhos até eles aprenderem a voar. E é por isso que nós, desde que tomamos posse, temos trabalhado de forma intensa para aumentar o número de recursos para fazer o financiamento de casa popular", afirmou.
Segundo o presidente, além dos recursos, o governo federal está com 830 mil processos de regularização de lotes em andamento. Desde o início do governo foram entregues 173 mil títulos de posse de terra. São terras de prefeituras, dos Estados e da União e uma parte são terras particulares. "Pode ter certeza que quando tiver um título, se o cidadão tiver um barraco, vai começar a tirar as madeiras e colocar tijolo, colocar azulejo, vai começar a colocar cimento."
Para o presidente, a redução do imposto de material de construção, além de aquecer o mercado, vai incentivar a construção de mais casas. Ele ressaltou que 60% das casas construídas no Brasil hoje não são construídas por empreiteiras, por construtoras ou financiadas. "São construídas pelo cidadão comum que junta a sua família, que junta os seus parentes, seus amigos e no final de semana levanta um alicerce, faz um quarto, faz uma sala, faz um banheiro, depois faz uma cozinha, entra dentro da casa e vai acabando a casa", disse.
Com Agência Brasil
Especial
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Lula vai tratar da redução dos subsídios agrícolas com Tony Blair
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, durante o programa de rádio "Café com o Presidente", que a redução dos subsídios agrícolas será um dos assuntos prioritários no encontro que terá com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, no Reino Unido.
Lula embarca hoje para o país, em sua primeira visita de Estado. Ele vai permanecer no Reino Unido por quatro dias a convite da rainha Elizabeth 2ª.
O presidente disse que já tem mantido conversas com Tony Blair para tratar dos subsídios agrícolas. "Falei com ele agora na África do Sul que nós precisamos fazer com que a União Européia, representando uma parte dos países ricos, flexibilize nas negociações para que a gente possa diminuir os subsídios agrícolas para favorecer os países mais pobres. Se nós não fizermos isso, estamos dizendo aos países mais pobres que eles vão continuar mais pobres daqui a 30 anos", disse.
Segundo Lula, além de tratar da redução dos subsídios agrícolas, a conversa com Tony Blair deve abranger a questão do combustível renovável. "Acho que a Inglaterra pode fazer uma parceria muito importante com o Brasil. Por isso, eu estou muito ansioso com essa minha viagem", disse.
Outro tema importante no encontro de Lula com Blair será a atual rodada de negociações da OMC (Organização Mundial de Comércio) --a chamada Rodada Doha. Lula também se encontrará com a rainha e participará de reuniões com empresários, com o setor financeiro e com prefeitos.
Palafitas
O presidente Lula afirmou ainda que uma das prioridades do Fundo Nacional de Habitação Social, que este ano conta com R$ 1 bilhão em recursos, será a melhoria das condições de vida de pessoas que moram em palafitas.
"Vamos cuidar prioritariamente de resolver o problema dessas pessoas e também urbanizar favelas, urbanizar setores que ainda não têm esgoto, que ainda não têm tratamento de água", disse.
O presidente considerou a aprovação do fundo, que é resultado do primeiro projeto de iniciativa popular apresentado no Congresso Nacional e que tramitou na Casa por 13 anos, uma conquista da sociedade. "Uma conquista do movimento social que finalmente viu o governo dar atenção a um pleito que se arrastava por anos neste país."
Lula ressaltou que, para este ano, a Caixa Econômica Federal conta com R$ 18,7 bilhões de recursos para financiamento de casas. "Todo brasileiro sonha em ter uma casa própria. A casa própria é mais ou menos como se fosse um passarinho quando constrói o seu ninho. Ele quer tranqüilidade para criar os seus filhos até eles aprenderem a voar. E é por isso que nós, desde que tomamos posse, temos trabalhado de forma intensa para aumentar o número de recursos para fazer o financiamento de casa popular", afirmou.
Segundo o presidente, além dos recursos, o governo federal está com 830 mil processos de regularização de lotes em andamento. Desde o início do governo foram entregues 173 mil títulos de posse de terra. São terras de prefeituras, dos Estados e da União e uma parte são terras particulares. "Pode ter certeza que quando tiver um título, se o cidadão tiver um barraco, vai começar a tirar as madeiras e colocar tijolo, colocar azulejo, vai começar a colocar cimento."
Para o presidente, a redução do imposto de material de construção, além de aquecer o mercado, vai incentivar a construção de mais casas. Ele ressaltou que 60% das casas construídas no Brasil hoje não são construídas por empreiteiras, por construtoras ou financiadas. "São construídas pelo cidadão comum que junta a sua família, que junta os seus parentes, seus amigos e no final de semana levanta um alicerce, faz um quarto, faz uma sala, faz um banheiro, depois faz uma cozinha, entra dentro da casa e vai acabando a casa", disse.
Com Agência Brasil
Especial
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