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06/03/2006
-
18h41
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta segunda-feira que é favorável à prorrogação dos trabalhos da CPI dos Correios, para que esta apure as novas denúncias envolvendo parlamentares no chamado "valerioduto".
As denúncias foram publicadas pelas revistas semanais e apontam o envolvimento do PMDB de Calheiros no esquema. O presidente do Senado disse que não há qualquer preocupação política de sua parte em relação ao partido, mas garantiu ter certeza de que o PMDB não está envolvido.
"Estas denúncias todas têm que ser investigadas. Devemos um esclarecimento à sociedade, mas quem vai dizer se a prorrogação dos trabalhos da CPI é necessária ou não são os sub-relatores e o relator. Se eles disserem que é preciso prorrogar o prazo, terão o meio apoio. Eu concordo", disse Calheiros.
A posição do presidente do Senado se choca com a das lideranças governistas que querem o encerramento dos trabalhos da CPI no dia 21 de março, como está previsto. "Claro que eu nunca ouvi falar de mensalão dentro do PMDB. É claro que as denúncias não atingem o partido, mas eu defendo que tudo precisa ser investigado e apurado, em qualquer direção, mesmo que seja a do PMDB."
Em resposta a Calheiros, o sub-relator da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) defendeu a intensificação dos trabalhos da Comissão.
Segundo Fruet, é fundamental que a CPI volte a ouvir o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Tanto o PSDB, como o PFL defendem a apuração de denúncias de que Marcos Valério teria dado dinheiro para o ex-líder do PMDB José Borba (PR) comprar o apoio da ala oposicionista da legenda para continuar na liderança e para que o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, falasse bem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em programa de televisão.
"Temos que investigar, mas temos que evitar excessos. Não podemos falar agora de abrir novas investigações", afirmou Fruet.
O sub-relator da CPI afirma que as investigações têm que ter foco e se limitar ao que é relacionado com a CPI. "São denúncias graves, mas temos que tomar cuidado. Não podemos, no entanto, desacreditar estas denúncias e ignorá-las."
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Calheiros defende prorrogação da CPI dos Correios
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta segunda-feira que é favorável à prorrogação dos trabalhos da CPI dos Correios, para que esta apure as novas denúncias envolvendo parlamentares no chamado "valerioduto".
As denúncias foram publicadas pelas revistas semanais e apontam o envolvimento do PMDB de Calheiros no esquema. O presidente do Senado disse que não há qualquer preocupação política de sua parte em relação ao partido, mas garantiu ter certeza de que o PMDB não está envolvido.
"Estas denúncias todas têm que ser investigadas. Devemos um esclarecimento à sociedade, mas quem vai dizer se a prorrogação dos trabalhos da CPI é necessária ou não são os sub-relatores e o relator. Se eles disserem que é preciso prorrogar o prazo, terão o meio apoio. Eu concordo", disse Calheiros.
A posição do presidente do Senado se choca com a das lideranças governistas que querem o encerramento dos trabalhos da CPI no dia 21 de março, como está previsto. "Claro que eu nunca ouvi falar de mensalão dentro do PMDB. É claro que as denúncias não atingem o partido, mas eu defendo que tudo precisa ser investigado e apurado, em qualquer direção, mesmo que seja a do PMDB."
Em resposta a Calheiros, o sub-relator da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) defendeu a intensificação dos trabalhos da Comissão.
Segundo Fruet, é fundamental que a CPI volte a ouvir o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Tanto o PSDB, como o PFL defendem a apuração de denúncias de que Marcos Valério teria dado dinheiro para o ex-líder do PMDB José Borba (PR) comprar o apoio da ala oposicionista da legenda para continuar na liderança e para que o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, falasse bem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em programa de televisão.
"Temos que investigar, mas temos que evitar excessos. Não podemos falar agora de abrir novas investigações", afirmou Fruet.
O sub-relator da CPI afirma que as investigações têm que ter foco e se limitar ao que é relacionado com a CPI. "São denúncias graves, mas temos que tomar cuidado. Não podemos, no entanto, desacreditar estas denúncias e ignorá-las."
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