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06/03/2006
-
20h08
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Postulante no PMDB à vaga de candidato a presidente da República, o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) defendeu "toda a apuração" sobre o suposto recebimento do "mensalão" por 55 dos 81 deputados federais peemedebistas, liderados por José Borba (PR).
"Nós defendemos toda a apuração, até porque o nosso grupo sempre foi oposição a esse grupo. Nós sempre tivemos postura contrária a esse grupo, do Borba", afirmou sobre as suspeitas levantadas pela revista "Veja".
Ao ser indagado se crê nas suspeitas, ele disse "que deva haver investigação", mas que "ninguém pode ser acusado sem provas". "Então, apure-se. Eu defendo apuração."
Ele disse que seu grupo fez "três tentativas de colocar o atual ministro Saraiva Felipe [Saúde] como líder do PMDB no lugar do Borba [em 2005]". "Justamente porque não concordávamos com a postura que ele [Borba] tinha como líder", afirmou.
"Todo mundo sabe que o grande padrinho da candidatura Saraiva chamava-se Anthony Garotinho, que tem a maioria dos votos de oposição dentro do partido. Não conseguimos tirar o Borba da liderança. Então, toda investigação é válida. Nós do PMDB não temos receio de nenhuma investigação. Quem tem medo é o PT."
Garotinho --que se indispôs depois com Saraiva (MG) quando este virou ministro-- segue em busca dos votos dos convencionais para as prévias do PMDB do próximo dia 19. Ele disputa a indicação com o governador licenciado Germano Rigotto (RS).
Ele disse que acredita na sua vitória e na confirmação dela em junho, apesar de governistas como os senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP) serem contra a candidatura própria.
"Quando falo na união do PMDB, falo na união da maioria do PMDB. São 25 mil convencionais. Um ou outro contra faz parte do processo democrático. Como diria Nelson Rodrigues, a unanimidade é burra."
Garotinho já faz até projeções. Acha que vai ultrapassar José Serra, se este vier a ser o candidato do PSDB, baseado na disputa de 2002.
Segundo ele, Serra teve "10 minutos de tempo de TV, a máquina do governo federal e palanques fortes" em vários Estados e ainda assim a diferença entre eles foi reduzida. "Ele teve 19 milhões de votos, eu tive 15 milhões. Então, creio que agora, com o tempo [de TV] do PMDB e a estrutura do PMDB, vamos dobrar a votação. Vamos ter 30 milhões de votos, vamos para o segundo turno e vamos ganhar a eleição."
Voltou a dizer que, se não for candidato, não disputará outro cargo porque sua mulher, a governadora Rosinha Matheus (RJ), vai cumprir o mandato até o fim.
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Garotinho quer apuração do "mensalão" a peemedebistas
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Postulante no PMDB à vaga de candidato a presidente da República, o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) defendeu "toda a apuração" sobre o suposto recebimento do "mensalão" por 55 dos 81 deputados federais peemedebistas, liderados por José Borba (PR).
"Nós defendemos toda a apuração, até porque o nosso grupo sempre foi oposição a esse grupo. Nós sempre tivemos postura contrária a esse grupo, do Borba", afirmou sobre as suspeitas levantadas pela revista "Veja".
Ao ser indagado se crê nas suspeitas, ele disse "que deva haver investigação", mas que "ninguém pode ser acusado sem provas". "Então, apure-se. Eu defendo apuração."
Ele disse que seu grupo fez "três tentativas de colocar o atual ministro Saraiva Felipe [Saúde] como líder do PMDB no lugar do Borba [em 2005]". "Justamente porque não concordávamos com a postura que ele [Borba] tinha como líder", afirmou.
"Todo mundo sabe que o grande padrinho da candidatura Saraiva chamava-se Anthony Garotinho, que tem a maioria dos votos de oposição dentro do partido. Não conseguimos tirar o Borba da liderança. Então, toda investigação é válida. Nós do PMDB não temos receio de nenhuma investigação. Quem tem medo é o PT."
Garotinho --que se indispôs depois com Saraiva (MG) quando este virou ministro-- segue em busca dos votos dos convencionais para as prévias do PMDB do próximo dia 19. Ele disputa a indicação com o governador licenciado Germano Rigotto (RS).
Ele disse que acredita na sua vitória e na confirmação dela em junho, apesar de governistas como os senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP) serem contra a candidatura própria.
"Quando falo na união do PMDB, falo na união da maioria do PMDB. São 25 mil convencionais. Um ou outro contra faz parte do processo democrático. Como diria Nelson Rodrigues, a unanimidade é burra."
Garotinho já faz até projeções. Acha que vai ultrapassar José Serra, se este vier a ser o candidato do PSDB, baseado na disputa de 2002.
Segundo ele, Serra teve "10 minutos de tempo de TV, a máquina do governo federal e palanques fortes" em vários Estados e ainda assim a diferença entre eles foi reduzida. "Ele teve 19 milhões de votos, eu tive 15 milhões. Então, creio que agora, com o tempo [de TV] do PMDB e a estrutura do PMDB, vamos dobrar a votação. Vamos ter 30 milhões de votos, vamos para o segundo turno e vamos ganhar a eleição."
Voltou a dizer que, se não for candidato, não disputará outro cargo porque sua mulher, a governadora Rosinha Matheus (RJ), vai cumprir o mandato até o fim.
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