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01/10/2000
-
18h33
da Agência Folha
em Porto Alegre
O índio Alécio Lopes de Paula, 17, que seria fiscal de urna do PT hoje em Faxinalzinho (RS), foi morto dentro da reserva Votouro por um soldado da Brigada Militar (a PM gaúcha), no sábado à noite, conforme o delegado da Polícia Federal Mário Vieira. No mesmo dia, em São Nicolau, foi morto o coordenador da campanha do PDT, Pedro Schuquel.
O delegado da PF disse que, divididos em duas facções eleitorais, os índios da reserva brigavam entre si. A PM interveio, o que provocou a reação dos indígenas. Em consequência, o soldado Paulo Roberto Willian, 29, foi espancado. Um dos policiais disparou, atingindo Alécio.
Até o início da tarde, Willian estava em estado grave no hospital em Nonoai (região norte). De acordo com o delegado, a situação ficou sob controle na reserva, onde vivem cerca de 1.300 índios.
Em São Nicolau (região noroeste), a morte de Schuquel ocorreu após o comitê da coligação PPB-PDT ter sido invadido. O delegado João Vittório Barbato disse que o autor da morte foi o foragido da Justiça Ramão Gilnei da Rosa Ortiz. Ele foi preso hoje à tarde.
O delegado declarou que Ortiz, acusado de homicídios em Porto Alegre e Caxias do Sul, entrou no comitê da coligação PPB-PDT acompanhado de militantes do PMDB. Outras três pessoas da coligação _Taudelino Braga, 79, Marcos Aurélio Campos, 18, e Nair Ribeiro, 37_ ficaram feridas.
São Paulo
O agropecuarista Odair Gonçalves dos Santos, candidato do PL a prefeito de Buritama, no interior de São Paulo, sofreu um atentado a tiros ontem à noite.
O carro do candidato, um Santana, foi alvejado com cinco tiros. Ninguém foi atingido. Abalado emocionalmente, Santos passou a madrugada internado na Santa Casa da cidade.
A polícia diz ter pistas dos atiradores, que fugiram em um Escort preto, mas até o final da tarde ninguém tinha sido preso por causa do atentado.
Santos acusa o principal adversário de campanha, o atual prefeito Messias Ferreira Martins (PSDB), de tê-lo ameaçado de morte no mesmo dia. A assessoria do prefeito negou envolvimento com o episódio.
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Índio ligado ao PT é morto no Rio Grande do Sul
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em Porto Alegre
O índio Alécio Lopes de Paula, 17, que seria fiscal de urna do PT hoje em Faxinalzinho (RS), foi morto dentro da reserva Votouro por um soldado da Brigada Militar (a PM gaúcha), no sábado à noite, conforme o delegado da Polícia Federal Mário Vieira. No mesmo dia, em São Nicolau, foi morto o coordenador da campanha do PDT, Pedro Schuquel.
O delegado da PF disse que, divididos em duas facções eleitorais, os índios da reserva brigavam entre si. A PM interveio, o que provocou a reação dos indígenas. Em consequência, o soldado Paulo Roberto Willian, 29, foi espancado. Um dos policiais disparou, atingindo Alécio.
Até o início da tarde, Willian estava em estado grave no hospital em Nonoai (região norte). De acordo com o delegado, a situação ficou sob controle na reserva, onde vivem cerca de 1.300 índios.
Em São Nicolau (região noroeste), a morte de Schuquel ocorreu após o comitê da coligação PPB-PDT ter sido invadido. O delegado João Vittório Barbato disse que o autor da morte foi o foragido da Justiça Ramão Gilnei da Rosa Ortiz. Ele foi preso hoje à tarde.
O delegado declarou que Ortiz, acusado de homicídios em Porto Alegre e Caxias do Sul, entrou no comitê da coligação PPB-PDT acompanhado de militantes do PMDB. Outras três pessoas da coligação _Taudelino Braga, 79, Marcos Aurélio Campos, 18, e Nair Ribeiro, 37_ ficaram feridas.
São Paulo
O agropecuarista Odair Gonçalves dos Santos, candidato do PL a prefeito de Buritama, no interior de São Paulo, sofreu um atentado a tiros ontem à noite.
O carro do candidato, um Santana, foi alvejado com cinco tiros. Ninguém foi atingido. Abalado emocionalmente, Santos passou a madrugada internado na Santa Casa da cidade.
A polícia diz ter pistas dos atiradores, que fugiram em um Escort preto, mas até o final da tarde ninguém tinha sido preso por causa do atentado.
Santos acusa o principal adversário de campanha, o atual prefeito Messias Ferreira Martins (PSDB), de tê-lo ameaçado de morte no mesmo dia. A assessoria do prefeito negou envolvimento com o episódio.
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