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08/03/2006
-
16h29
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O empresário Lúcio Bolonha Funaro, ex-sócio da corretora Guaranhuns, que repassou dinheiro do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para o PL, disse nesta quarta-feira à CPI dos Correios ter ouvido no mercado as denúncias de que o presidente licenciado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, João Vaccari, atuava em nome do PT em grandes fundos de pensão, como Previ, Petros e Funcef.
Funaro, porém, fez questão de dizer que não tinha provas. Da mesma forma, sem ter como comprovar, estendeu a acusação para o ex-assessor da Casa Civil e ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno. Ele atuaria junto a fundos menores. A CPI desconfia que o petista era responsável por desvio de recursos da Prece e Nucleos.
Sereno foi convocado para depor à CPI dos Correios nesta semana. O sub-relator da CPI, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), pretende esclarecer as suspeitas sobre a influência de Sereno nos fundos de pensão. Em depoimento secreto, o ex-diretor de investimento do Nucleos Gildásio Amado Filho afirmou que o petista tinha influência nas decisões da entidade e fazia reuniões administrativas com o presidente Paulo Roberto de Almeida Figueiredo.
Guaranhuns
Funaro, que depôs sem habeas corpus --o pedido foi recusado pelo STF (Supremo Tribunal Federal)--, negou ter recebido recursos das contas do empresário Marcos Valério ou ter repassado recursos para partidos políticos.
Pela versão apresentada à comissão, Funaro teria vendido a Guaranhuns para José Carlos Batista em dezembro de 2001. Portanto, antes de iniciado o esquema de transferência de dinheiro para partidos políticos.
No depoimento, Funaro afirmou ter ficado surpreso ao saber que a Guaranhuns foi usada para repassar recursos para integrantes da bancada do PL na Câmara. "Eu nunca fiquei tão surpreso. Liguei para o Zé Carlos e perguntei: o que é isso? Ele me disse que não sabia."
A CPI tem dados que mostrariam a transferência de recursos da SMPB, empresa de Valério, para Funaro por intermédio da Guaranhuns e da Bônus-Banval, corretora usada para repassar recursos para o PP. "Impossível eu ter recebido recursos da SMPB", afirmou Funaro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Correios
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Funaro acusa petistas de atuarem em fundos de pensão
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da Folha Online, em Brasília
O empresário Lúcio Bolonha Funaro, ex-sócio da corretora Guaranhuns, que repassou dinheiro do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para o PL, disse nesta quarta-feira à CPI dos Correios ter ouvido no mercado as denúncias de que o presidente licenciado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, João Vaccari, atuava em nome do PT em grandes fundos de pensão, como Previ, Petros e Funcef.
Funaro, porém, fez questão de dizer que não tinha provas. Da mesma forma, sem ter como comprovar, estendeu a acusação para o ex-assessor da Casa Civil e ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno. Ele atuaria junto a fundos menores. A CPI desconfia que o petista era responsável por desvio de recursos da Prece e Nucleos.
Sereno foi convocado para depor à CPI dos Correios nesta semana. O sub-relator da CPI, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), pretende esclarecer as suspeitas sobre a influência de Sereno nos fundos de pensão. Em depoimento secreto, o ex-diretor de investimento do Nucleos Gildásio Amado Filho afirmou que o petista tinha influência nas decisões da entidade e fazia reuniões administrativas com o presidente Paulo Roberto de Almeida Figueiredo.
Guaranhuns
Funaro, que depôs sem habeas corpus --o pedido foi recusado pelo STF (Supremo Tribunal Federal)--, negou ter recebido recursos das contas do empresário Marcos Valério ou ter repassado recursos para partidos políticos.
Pela versão apresentada à comissão, Funaro teria vendido a Guaranhuns para José Carlos Batista em dezembro de 2001. Portanto, antes de iniciado o esquema de transferência de dinheiro para partidos políticos.
No depoimento, Funaro afirmou ter ficado surpreso ao saber que a Guaranhuns foi usada para repassar recursos para integrantes da bancada do PL na Câmara. "Eu nunca fiquei tão surpreso. Liguei para o Zé Carlos e perguntei: o que é isso? Ele me disse que não sabia."
A CPI tem dados que mostrariam a transferência de recursos da SMPB, empresa de Valério, para Funaro por intermédio da Guaranhuns e da Bônus-Banval, corretora usada para repassar recursos para o PP. "Impossível eu ter recebido recursos da SMPB", afirmou Funaro.
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