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08/03/2006
-
21h56
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O plano do MMC (Movimento das Mulheres Camponesas) era tomar o horto florestal da Aracruz em Barra do Ribeiro (RS) de surpresa. Os manifestantes alugaram 37 ônibus e seguiram por uma estrada de chão batido, despistando a Polícia Rodoviária Federal e a Brigada Militar, que culparam uma à outra pelo fato de não terem detectado o comboio se dirigindo à Aracruz.
O grupo saiu do município de Tapes (103 km de Porto Alegre), às 2h, e chegou ao horto florestal às 5h30. O ato durou meia hora. Às 6h se dirigiram a Porto Alegre, onde, às 10h, já engrossavam marcha realizada por outras entidades --como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)-- em direção à PUC-RS, onde se realiza a Conferência Internacional sobre Reforma Agrária.
Quando chegaram à propriedade da Aracruz, os manifestantes renderam dois vigias e os encapuzaram.
A Folha fez contato com uma das líderes do movimento, Adriana Maria, que disse ter a orientação de não se manifestar sobre detalhes da operação. Não quis nem mesmo confirmar se ela própria esteve na invasão --o que outro militante confirmou.
"Não posso falar muito porque, se falar das nossas estratégias, não poderemos empregá-las mais", disse ela.
Criado em 2004, durante um congresso envolvendo 1.400 pessoas em Brasília, o MMC integra a Via Campesina, assim como o MST, o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e outras entidades do meio rural. ''Somos parceiras, mas não temos vínculo orgânico com o MST", afirmou Adriana Maria.
A entidade, segundo ela, está organizada em todo o Brasil e congrega mais de 50 mil mulheres.
A Via Campesina, criada em 1992, é um movimento internacional que coordena organizações de trabalhadores no meio rural, pequenos e médios produtores, mulheres, comunidades indígenas, sem-terra, jovens ligados ao campo e trabalhadores rurais migrantes.
A entidade está organizada com movimentos em 56 países da Ásia, África, Europa, América do Sul, Central e do Norte.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre invasões dos sem-terra
Mulheres camponesas dizem ser "parceiras" do MST
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O plano do MMC (Movimento das Mulheres Camponesas) era tomar o horto florestal da Aracruz em Barra do Ribeiro (RS) de surpresa. Os manifestantes alugaram 37 ônibus e seguiram por uma estrada de chão batido, despistando a Polícia Rodoviária Federal e a Brigada Militar, que culparam uma à outra pelo fato de não terem detectado o comboio se dirigindo à Aracruz.
O grupo saiu do município de Tapes (103 km de Porto Alegre), às 2h, e chegou ao horto florestal às 5h30. O ato durou meia hora. Às 6h se dirigiram a Porto Alegre, onde, às 10h, já engrossavam marcha realizada por outras entidades --como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)-- em direção à PUC-RS, onde se realiza a Conferência Internacional sobre Reforma Agrária.
Quando chegaram à propriedade da Aracruz, os manifestantes renderam dois vigias e os encapuzaram.
A Folha fez contato com uma das líderes do movimento, Adriana Maria, que disse ter a orientação de não se manifestar sobre detalhes da operação. Não quis nem mesmo confirmar se ela própria esteve na invasão --o que outro militante confirmou.
"Não posso falar muito porque, se falar das nossas estratégias, não poderemos empregá-las mais", disse ela.
Criado em 2004, durante um congresso envolvendo 1.400 pessoas em Brasília, o MMC integra a Via Campesina, assim como o MST, o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) e outras entidades do meio rural. ''Somos parceiras, mas não temos vínculo orgânico com o MST", afirmou Adriana Maria.
A entidade, segundo ela, está organizada em todo o Brasil e congrega mais de 50 mil mulheres.
A Via Campesina, criada em 1992, é um movimento internacional que coordena organizações de trabalhadores no meio rural, pequenos e médios produtores, mulheres, comunidades indígenas, sem-terra, jovens ligados ao campo e trabalhadores rurais migrantes.
A entidade está organizada com movimentos em 56 países da Ásia, África, Europa, América do Sul, Central e do Norte.
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