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08/03/2006
-
21h19
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O deputado professor Luizinho (PT-SP) ficou satisfeito na noite desta quarta-feira com a acolhida que o plenário da Câmara deu à sua defesa no processo de cassação de seu mandato. Luizinho foi aplaudido pelos quase 200 deputados que acompanharam o discurso em que se defendeu das acusações de envolvimento no chamado esquema do "mensalão".
Emocionado, mas sem chegar às lágrimas, o ex-líder do governo na Câmara afirmou que foi "envolvido no esquema". "Pegaram os recursos em meu nome."
Luizinho disse que tem convicção de que será inocentado pelos seus pares. "Não arrolei testemunhas. Não quis retardar o processo. Tenho confiança no seu julgamento. Nunca, em nenhum momento da minha vida faltei com a verdade", assegurou o deputado petista.
O discurso de Luizinho foi rápido e ocorreu logo após o encerramento da leitura do parecer do Conselho de Ética da Câmara, que pede a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
O deputado petista disse que estava confiante na sua absolvição antes do caso chegar ao plenário, isto é, ainda no Conselho de Ética.
Luizinho mostrou manchetes de jornais nas quais o relator da representação, o ex-deputado Pedro Canedo (PP-GO), declarava que o inocentaria. O ex-lídergovernista apontou a pressão da midia e a patrulha feita no Conselho como os motivos de Canedo ter mudado seu voto e pedido sua cassação.
"Em nenhum momento eu menti para essa Casa. Quando foi colocado em dúvida se a pessoa sacadora tinha de fato sido meu assessor, pedi que investigassem", afirmou Luizinho, ao rebater as alegações do relatório final.
O parecer do Conselho foi lido no plenário esta noite pelo relator substituto, deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP). Assim como no processo anterior, os deputados presentes à sessão não prestaram atenção à leitura do documento elaborado pelo Conselho. Após a defesa de Luizinho teve início os debates sobre a matéria.
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) foi o primeiro a falar e em defesa de Luizinho. Outro deputado que falou contra a cassação foi o pefelista Mussa Demes (PI).
Mais uma vez o deputado João Fontes (PSOL-SE) usou a tribuna para pedir coerência e "vergonha" aos seus colegas parlamentares. Fontes defendeu a cassação de Luizinho e dos demais envolvidos no esquema do mensalão. Para ele é fundamental que a Câmara tome uma posição moralizadora.
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Luizinho é aplaudido e diz acreditar em absolvição
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O deputado professor Luizinho (PT-SP) ficou satisfeito na noite desta quarta-feira com a acolhida que o plenário da Câmara deu à sua defesa no processo de cassação de seu mandato. Luizinho foi aplaudido pelos quase 200 deputados que acompanharam o discurso em que se defendeu das acusações de envolvimento no chamado esquema do "mensalão".
Emocionado, mas sem chegar às lágrimas, o ex-líder do governo na Câmara afirmou que foi "envolvido no esquema". "Pegaram os recursos em meu nome."
Luizinho disse que tem convicção de que será inocentado pelos seus pares. "Não arrolei testemunhas. Não quis retardar o processo. Tenho confiança no seu julgamento. Nunca, em nenhum momento da minha vida faltei com a verdade", assegurou o deputado petista.
O discurso de Luizinho foi rápido e ocorreu logo após o encerramento da leitura do parecer do Conselho de Ética da Câmara, que pede a cassação do seu mandato por quebra de decoro parlamentar.
O deputado petista disse que estava confiante na sua absolvição antes do caso chegar ao plenário, isto é, ainda no Conselho de Ética.
Luizinho mostrou manchetes de jornais nas quais o relator da representação, o ex-deputado Pedro Canedo (PP-GO), declarava que o inocentaria. O ex-lídergovernista apontou a pressão da midia e a patrulha feita no Conselho como os motivos de Canedo ter mudado seu voto e pedido sua cassação.
"Em nenhum momento eu menti para essa Casa. Quando foi colocado em dúvida se a pessoa sacadora tinha de fato sido meu assessor, pedi que investigassem", afirmou Luizinho, ao rebater as alegações do relatório final.
O parecer do Conselho foi lido no plenário esta noite pelo relator substituto, deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP). Assim como no processo anterior, os deputados presentes à sessão não prestaram atenção à leitura do documento elaborado pelo Conselho. Após a defesa de Luizinho teve início os debates sobre a matéria.
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) foi o primeiro a falar e em defesa de Luizinho. Outro deputado que falou contra a cassação foi o pefelista Mussa Demes (PI).
Mais uma vez o deputado João Fontes (PSOL-SE) usou a tribuna para pedir coerência e "vergonha" aos seus colegas parlamentares. Fontes defendeu a cassação de Luizinho e dos demais envolvidos no esquema do mensalão. Para ele é fundamental que a Câmara tome uma posição moralizadora.
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