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09/03/2006
-
20h25
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
O deputado estadual petista Frei Sérgio Görgen, líder do MST no Rio Grande do Sul, disse hoje, em nota sobre a invasão e depredação do horto florestal da Aracruz em Barra do Ribeiro (RS), que "talvez as gerações futuras sejam gratas ao gesto corajoso das mulheres camponesas". Já o PT gaúcho criticou o ato.
"A ação realizada por ativistas no laboratório da Aracruz está equivocada e não contribui para a solução dos problemas no campo e para o avanço do processo de reforma agrária no país", diz nota do partido.
O líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile defendeu a ação. De acordo com Stedile, a monocultura de eucalipto gera um "deserto verde" e só beneficia as multinacionais. "Os governos são puxa-sacos das multinacionais. O que é incrível é um governo de esquerda também ser."
O ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) voltou a se opor à ação, desta vez por meio de nota. ''Condeno e lamento os fatos [...] na empresa Aracruz", diz. "As imagens a que o país assistiu mostram cenas de inaceitável violência e ferem a consciência democrática de todos os brasileiros", afirma ele.
"É inaceitável substituir o argumento pela destruição violenta e a troca de idéias pela intolerância. [...] Atos como este devem ter suas conseqüências tratadas com rigor no âmbito do Poder Judiciário. A luta pela reforma agrária no Brasil nada tem a ver com ações desta natureza e não deve ser confundida com atos isolados."
O presidente da Abrab (Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologia), Guilherme Emerich, disse temer o futuro dos investimentos no setor em todo o país. " que foi feito pode gerar problemas sérios de investimentos e desenvolvimento", afirmou ele.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre invasões de terra
Stedile defende invasão de propriedade da Aracruz
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da Agência Folha, em Porto Alegre
O deputado estadual petista Frei Sérgio Görgen, líder do MST no Rio Grande do Sul, disse hoje, em nota sobre a invasão e depredação do horto florestal da Aracruz em Barra do Ribeiro (RS), que "talvez as gerações futuras sejam gratas ao gesto corajoso das mulheres camponesas". Já o PT gaúcho criticou o ato.
"A ação realizada por ativistas no laboratório da Aracruz está equivocada e não contribui para a solução dos problemas no campo e para o avanço do processo de reforma agrária no país", diz nota do partido.
O líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile defendeu a ação. De acordo com Stedile, a monocultura de eucalipto gera um "deserto verde" e só beneficia as multinacionais. "Os governos são puxa-sacos das multinacionais. O que é incrível é um governo de esquerda também ser."
O ministro Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) voltou a se opor à ação, desta vez por meio de nota. ''Condeno e lamento os fatos [...] na empresa Aracruz", diz. "As imagens a que o país assistiu mostram cenas de inaceitável violência e ferem a consciência democrática de todos os brasileiros", afirma ele.
"É inaceitável substituir o argumento pela destruição violenta e a troca de idéias pela intolerância. [...] Atos como este devem ter suas conseqüências tratadas com rigor no âmbito do Poder Judiciário. A luta pela reforma agrária no Brasil nada tem a ver com ações desta natureza e não deve ser confundida com atos isolados."
O presidente da Abrab (Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologia), Guilherme Emerich, disse temer o futuro dos investimentos no setor em todo o país. " que foi feito pode gerar problemas sérios de investimentos e desenvolvimento", afirmou ele.
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