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18/03/2006 - 12h51

Oposicionistas do PMDB garantem prévias e criticam Judiciário

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

A batalha judicial travada pelos peemedebistas está longe de acabar. Neste sábado, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), ministro Edson Vidigal, analisa novos pedidos da ala governista do partido que tenta suspender as prévias marcadas para amanhã. O resultado deve sair por volta das 19h, quando ele fará uma pronunciamento.

Pela manhã, os dois pré-candidatos do PMDB à sucessão presidencial, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e o governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, deram entrevista coletiva à imprensa em Brasília, acompanhados do presidente nacional da legenda, deputado Michel Temer (SP). Os três não pouparam críticas ao Judiciário, principalmente a Vidigal.

"Pela via judicial nós ganhamos, pela via Vidigal, nós perdemos", disparou o ex-governador do Rio de Janeiro. Rigotto fez questão de ressaltar que Vidigal é candidato ao governo do Maranhão "e atua não como magistrado, mas como candidato. Ele já assumiu até que quer uma aliança com o PT", disse Rigotto.

Os três caciques da ala oposicionista do PMDB garantem estar seguros da realização das prévias. "Estamos confiantes na Justiça. A decisão do ministro Carvalhido restabeleceu a autonomia do partido e foi uma decisão justificada."

Temer disse estar confiante de que novas liminares favoráveis aos governistas não sejam concedidas até amanhã pelo STJ. O presidente do PMDB afirmou, no entanto, que caso a Justiça mais uma vez suspenda as prévias, ele obedecerá à lei. "Eu não posso conter a ansiedade dos diretórios que queiram fazer. Não apóio o descumprimento da lei, mas não posso proibir os diretórios estaduais de fazerem prévias."

A briga do PMDB na Justiça começou na quinta-feira à noite, quando o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE) ingressou com mandado de segurança, com pedido de liminar, para suspender as prévias de domingo. O ministro relator do caso foi Edson Vidigal, amigo pessoal do senador José Sarney (PMDB-AP), que comanda a ala governista do partido que é contrária às prévias.

Na noite desta sexta-feira, o ministro Hamilton Carvalhido, do STJ, concedeu uma liminar ao PMDB que garante a realização das prévias do partido. Carvalhido assumiu a relatoria do caso porque Vidigal estava em viagem para o Maranhão, onde foi lançar um livro de sua autoria. Ele retornou neste sábado a Brasília e reassumiu a relatoria dos casos envolvendo o PMDB.

Pelas regras do estatuto do PMDB, 23 mil pessoas de todo o país podem votar nas eleições internas. O voto não é obrigatório e por isso não há quórum mínimo para a votação ser válida.

Fazem parte dos 23 mil eleitores todos os dirigentes municipais, estaduais, nacionais do partido, integrantes do PMDB Jovem, PMDB Mulher, PMDB Sindical e demais ramos do partido. Também têm direito a voto todos os 457 convencionais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, deputados federais, estaduais, governadores, vice-governadores e senadores.

O PMDB tem 27 diretórios regionais, 4.671 diretórios municipais, 21 diretórios municipais em capitais, nove governadores estaduais, três vice-governadores, 21 senadores, 82 deputados federais, 140 deputados estaduais, 1059 prefeitos --sendo dois de capitais--, 907 vice-prefeitos, 8.315 vereadores e dois ministros de Estado.

O maior colégio eleitoral do PMDB é São Paulo, com 17% dos peemedebistas aptos a votar. Com 2.079 milhões de filiados, o PMDB ainda é considerado o maior partido do país.

A realização destas prévias foi decidida em convenção nacional do partido, realizada em dezembro de 2004 e que ainda é questionada na Justiça.

Especial
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