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20/03/2006 - 13h23

PMDB quer abandonar lista e fazer eleição para escolher líder

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Depois do fracasso das prévias, que se transformaram em consulta informal, o PMDB realiza nesta terça-feira uma outra eleição. O líder do partido na Câmara, deputado Waldemir Moka (MS) decidiu convocar a bancada para uma eleição secreta para ratificar ou não seu nome à frente dos peemedebistas.

Moka foi indicado por uma lista com 51 assinaturas na semana passada. Sua indicação derrubou o ex-líder do partido, Wilson Santiago (PB), que apoiou o adiamento das prévias.

Moka disse que quer acabar com o sistema de listas dentro do PMDB. O anúncio da nova eleição do líder na Câmara foi feito por Moka e pelo presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP).

"Estou convocando a eleição de líder porque não me senti confortável de ter sido escolhido em lista. Muitos companheiros estão sendo pressionados. Eu quero acabar com as pressões. A votação será secreta, por maioria simples", afirmou Moka.

O deputado do Mato Grosso do Sul reconheceu que a sua indicação foi uma forma de pressionar o então líder Wilson Santiago a apoiar as prévias. "Naquele momento era o que poderia fazer. Minha indicação à liderança representava a defesa das prévias."

O atual líder peemedebista confirma a existência de uma outra lista que já está circulando entre a bancada para a escolha de um novo líder para destituí-lo.

Para Temer a decisão de Moka representa um gesto de grandeza "e vai inaugurar uma nova fase dentro da bancada": sem listas e coleta de assinaturas.

A reunião da bancada do PMDB está marcada para 15h30 desta terça-feira. "A eleição pode não ocorrer amanhã, mas com certeza ocorrerá ainda nesta semana", disse Moka.

Temer informou que vai procurar a ala governista do partido para tratar da convenção extraordinária do PMDB, prevista para 8 de abril. "Era uma convenção que tinha como objetivo desqualificar as prévias. Como as prévias não tiveram legalidade jurídica, não vejo porque manter a convenção extraordinária. Este é um assunto que de hoje para amanhã será resolvido."

Ele espera que os próprios governistas desistam da convocação extraordinária. Se isso não ocorrer, Temer disse que será obrigado a convocar a Executiva Nacional para chamar ou não a convenção. Segundo Temer, existe um pedido dos diretórios regionais para a convocação da convenção, mas são necessários oito votos da Executiva para efetivar a convocação.

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