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22/03/2006 - 21h01

Multinacional é multada em R$ 1 mi pelo Ibama por plantio irregular

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RENATA BAPTISTA
da Agência Folha

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Paraná multou em R$ 1 milhão a empresa multinacional Syngenta Seeds, cuja fazenda em Santa Teresa do Oeste (536 km de Curitiba) foi invadida no último dia 14 por militantes da Via Campesina.

A medida foi tomada após a confirmação de plantio de organismos geneticamente modificados --soja e milho-- no campo experimental da fazenda, que fica localizada na área de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu.

A área localiza-se a 6 km do parque, quando a lei prevê uma distância mínima de 10 km para plantio de sementes transgênicas das áreas de unidade de conservação.

A empresa possui autorização da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) para conduzir atividades de experimentação na unidade, mas, devido à localização da área de plantio, não conseguiu reverter o embargo feito no início do mês pelo Ibama aos 12 hectares de plantação de soja transgênica.

O superintendente do Ibama-PR, Marino Gonçalves, disse que o embargo foi ampliado para todos os experimentos com transgênicos na fazenda e que está buscando autorização judicial para destruir as sementes geneticamente modificadas da fazenda.

Gonçalves ressaltou que a problemática com a Syngenta é apenas a localização do plantio das sementes transgênicas. "Não embargamos as outras plantações", afirmou.

A Syngenta declarou, por meio da assessoria de imprensa, que entrará com recursos administrativos cabíveis e, eventualmente, ações judiciais contra a decisão.

Via Campesina

Militantes da Via Campesina realizaram um ato hoje, na fazenda da Syngenta Seeds, com a participação de representantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e do Greenpeace.

Desde o último dia 14, cerca de 600 militantes permanecem acampados no local em protesto contra os experimentos realizados no campo experimental.

A representante da Via Campesina no local, Nilda Ramos Barbosa, disse que o movimento já foi notificado sobre o pedido de reintegração de posse do local, mas pretende ficar lá até que "os laboratórios de transgênicos sejam lacrados".

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