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28/03/2006
-
12h39
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A situação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci tende a se agravar no que depender da CPI dos Bingos. O relator da comissão, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), afirmou hoje que o tratamento dispensado a Palocci no relatório final será mais rigoroso com sua demissão do governo.
Palocci deverá ser indiciado no relatório final da CPI por conta das denúncias de corrupção que envolvem sua gestão à frente da Prefeitura de Ribeirão Preto. Como ministro, o relator dizia não haver indícios de irregularidades, avaliação que mudou com o desenrolar das investigações sobre a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Ontem, o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso confirmou à Polícia Federal que entregou a Palocci uma cópia do extrato do caseiro. Esse fato pode indicar a participação de Palocci na violação do sigilo bancário de Francenildo.
"Houve mentira por parte do ministro, houve desmentido, conluio com a Caixa para quebrar o sigilo do caseiro. Houve de tudo", afirmou o relator da comissão.
Por enquanto, Garibaldi Alves não adianta em que termos o ministro será tratado no relatório final. Mas ele afirmou que levará em consideração o possível indiciamento de Palocci pela Polícia Civil de São Paulo.
"Se a Polícia Civil encaminha o indiciamento ao Ministério Público, é sinal de que o ministro terá um tratamento ainda mais rigoroso", afirmou o senador.
Por enquanto, porém, nem Garibaldi, nem o presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB), defendem a reconvocação do ministro.
Um segundo depoimento à CPI dos Bingos seria tomado próximo ao término das investigações. "No momento eu não defendo a convocação pelas circunstâncias atuais. Com o passar do tempo, se for necessário outro esclarecimento, ele deve vir", afirmou Garibaldi Alves.
Do lado dos governistas, o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB), afirmou que a insistência na investigação do ministro é prejudicial ao país por supostamente atrapalhar a votação de projetos de interesse da população.
"Estamos hoje só discutindo se um porteiro [caseiro] é assim ou assado, se o motorista é assim ou assado, se o ministro deu uma escapulidela, se foi a uma casa encontrar fulano ou fulana. São coisas que não são significantes", disse.
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CPI dos Bingos vai ser mais rigorosa agora com Palocci, diz relator
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A situação do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci tende a se agravar no que depender da CPI dos Bingos. O relator da comissão, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), afirmou hoje que o tratamento dispensado a Palocci no relatório final será mais rigoroso com sua demissão do governo.
Palocci deverá ser indiciado no relatório final da CPI por conta das denúncias de corrupção que envolvem sua gestão à frente da Prefeitura de Ribeirão Preto. Como ministro, o relator dizia não haver indícios de irregularidades, avaliação que mudou com o desenrolar das investigações sobre a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
Ontem, o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso confirmou à Polícia Federal que entregou a Palocci uma cópia do extrato do caseiro. Esse fato pode indicar a participação de Palocci na violação do sigilo bancário de Francenildo.
"Houve mentira por parte do ministro, houve desmentido, conluio com a Caixa para quebrar o sigilo do caseiro. Houve de tudo", afirmou o relator da comissão.
Por enquanto, Garibaldi Alves não adianta em que termos o ministro será tratado no relatório final. Mas ele afirmou que levará em consideração o possível indiciamento de Palocci pela Polícia Civil de São Paulo.
"Se a Polícia Civil encaminha o indiciamento ao Ministério Público, é sinal de que o ministro terá um tratamento ainda mais rigoroso", afirmou o senador.
Por enquanto, porém, nem Garibaldi, nem o presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB), defendem a reconvocação do ministro.
Um segundo depoimento à CPI dos Bingos seria tomado próximo ao término das investigações. "No momento eu não defendo a convocação pelas circunstâncias atuais. Com o passar do tempo, se for necessário outro esclarecimento, ele deve vir", afirmou Garibaldi Alves.
Do lado dos governistas, o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB), afirmou que a insistência na investigação do ministro é prejudicial ao país por supostamente atrapalhar a votação de projetos de interesse da população.
"Estamos hoje só discutindo se um porteiro [caseiro] é assim ou assado, se o motorista é assim ou assado, se o ministro deu uma escapulidela, se foi a uma casa encontrar fulano ou fulana. São coisas que não são significantes", disse.
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